Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
28 maio 2009
Mouzinho abre a presidência aberta
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
acredito que a presidencia aberta 2009, vai dar para fazer analises interessantes.
ResponderEliminaruma constatacao podera ser que a FRELIMO nao tem o tal apoio popular que afirmava ter.
outra, que os 7 milhoes sao um esquema de familia.
mais, a mudanca podera mesmo acontecer.
Acabo de ler na íntegra este artigo de opinião no site do Jornal Notícias. Fiquei comovido pela forma como o jornalista narra a questão. No fundo ele acabou dizendo uma coisa interessante, por um lado a presidência aberta permite ver de perto e em in-louco até que ponto o grau de implementação do programa do governo está a ser cumprido, permitindo fazer uma "circuncisão" aos que menos desempenho apresentam, mas por outro lado, o presidente está a tentar encher um tambor furado, na medida em que depois da sua retirada aos locais de visita os mesmos dirigentes ficam a carregar as baterias de combate. Já disse aqui uma vez que o problema é da lixeira que está suja demais e não das moscas.
ResponderEliminarUm abraço
Estamos cada vez mais a regredir. Este país não tem observatório permanente para economia capaz de medir o impacto dessas atitudes. Quem manda faz o que quiser. Quando alguém denuncia dizem que é mentira, é da oposição. Será que o presidente também está interessado nessas paragens? Acho que sim. São acções convenientes. As pessoas, de tanto serem excluídas, por sua livre vontade, não iriam ao aeroporto esperar o “nosso” presidente. Figura que perdeu impacto há muito tempo, desde que os governos ficaram voltados a si próprios, seus partidos, seus mais chegados membros.
ResponderEliminarO exagero que está ai, ainda, é que os funcionários, estudantes, por exemplo, são levados à força. A marcação de faltas é feita logo à partida para o comício ou aeroporto; a falta e estes intrigantes locais é equivalente a falta ao trabalho. Chegam a levar os livros-de-ponto para o aeroporto, em muitos casos, na função pública. Digo porque vi, em Nampula, várias vezes.
Está-se numa era semelhante àquela do saudoso Samora Machel, em que as portas abriam para entrar e ninguém mais saía, mesmo com malária comprovada. Quer-se, portanto, mostrar uma imagem positiva a partir de meios negativos. Uma publicidade a custa da injustiça ao povo.
Não se devia premer as pessoas, elas iriam se se sentissem enquadradas. Com esses homens.
Já alguém contou o número de visitas às provincias do PR? Nos meus cáculos 22... em 5 anos,o equivalente a 3 viagens do Rovuma ao Maputo de finado Machel.A presidência aberta transformou-se num mecanismo de avaliação pessoal do presidente.As populações perceberam isso...mas na realidade esse mecanismo o que faz é debilitar os poderes locais,substituir as admnistrações locais,os responsáveis sectoriais (ministérios/ministros,confirmar e consolidar a ausência de comunicação governativa entre cidadania e poderes públicos,entre outras.Em questão está o novo tipo de papel do chefe de Estado que está a ser introduzido com esta prática excessiva.O que deveriam fazer afinal os directores nacionais,os ministros,os governadores provinciais?.Será que o seu papel é só acompanhar o PR e repetir depois "como o presidente disse"? Numa outra vertente,imaginemos os presidentes dos EUA,de uma França,Espanha,China,India,Brasil,Nigéria,entre outros,se decidissem fazer presidências abertas com o ritmo de visitas semelhante ao nosso? Emfim...coisas da nossa terra!!!
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