Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
28 maio 2009
A morte banalizada
10 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Quando a ANORMALIDADE em que vivemos assume as proporções a que assistimos, acabamos, naturalmente, por considerá-la NORMAL ... vão-se os valores!
ResponderEliminarHomem = "animal de hábitos".
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o que sao valores?
ResponderEliminarcompra-se algo com esses valores?
ensina-se na escola?
tinhamos valores?
porque se estao a ir?
Meu caro,
ResponderEliminarEntendo que não podemos baixar os braços e, com um sentimento de impotência/ conformismo, assumir a Anormalidade como Normal, como parece implícito nas tuas interrogações seguintes:
1. O que são valores?: são CONVENÇÕES que a sociedade adopta para serem respeitadas pela população de determinado território, a coberto da Lei Mãe, a Constituição de Républica.
> Entre outras coisas, em Moçambique está convencionado o direito à vida! Ninguém tem o direito de tirar a vida a outro, nem o próprio Estado (não temos pena de morte)
2.Compra-se algo com esses valores ?: não se compra (nem tudo tem que ser negócio) mas ganha-se dignidade e a vivemos de cabeça levantada e consciência tranquila.
3. Ensina-se na Escola ?: Está convencionado que assim seja, o respeito pela família, pelo próximo, pela Pátria, faz parte dos programas (se por diferentes razões nem sempre é bem ensinado, é outra estória)
4. Tinhamos valores?: tinhamos e temos, começamos a consolidar valores desde que nascemos; na família, na escola, no emprego, logo. Não vejo a questão como valores (dos tempos) do tempo colonial e valores actuais: vejo como valores que emergem da Constituição em vigor.
5.Porque se estão a ir: porque, no meu entender, como diz o Povo,
"saco vazio não fica de pé"!
> Abaixo de determinado nível de bem estar, entramos na faixa da SOBREVIVÊNCIA, tornamos-nos potenciais delinquentes, marimbamo-nos para os valores!
> Solução: políticas económicas e sociais realistas!
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AM
obrigado AM.
ResponderEliminarnao sabia que valores sao CONVENCOES!
1-entao nao deviam chamar-se valores, nao 'e?
vamos chamar de CONVENCOES!
assim fica bem.
2- bonita resposta.
3-afinal tem outra estoria tambem?
4-ahh, voce ve?
5- voce tambem entende!
solucao apresentada parece boa!
aprendi?
Meu caro,
ResponderEliminarEm termos práticos um País equipara-se a uma grande empresa cujas regras de funcionamento (direitos e deveres = VALORES) se CONVENCIONAM/ acordam nos Estatutos (Constituição).
Podemos optar por seguir ou não VALORES de outras "Biblias", mas não podemos deixar de respeitar e de lutar pelos valores que CONVENCIONAMOS para a vida em sociedade.
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AM
ja me perdi outra vez,
ResponderEliminarvalores sao regras de funcionamento? direitos? deveres? e CONVENCOES? que CONVENCIONAMOS? de outras biblias??!!!
assim valores monetarios seriam convencoes monetarias, regras de funcionamento monetario, direitos monetarios, deveres monetarios e convencoes monetarias que CONVENCIONAMOS???? usando a biblia do ministerio de financas???
ta confuso!
Obrigado AM por tentar!
AUTOESTIMA tambem era assim, dicursava-se mas, nao se sabia o que era!!!
Meu caro,
ResponderEliminarTa confuso, de facto: seja positivo, BRINDE-NOS COM O SEU CONCEITO DE VALORES.
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AM
pergunte ao ministro de educacao.
ResponderEliminarele tem essa responsabilidade.
nao eu.
ele devia ter garantido que voce tivesse aprendido na escola.
eu nao defino politicas educacionais nem CONVENCIONO CONVENCOES!
ate mais, foi um prazer te conhecer AM.
Meu caro,
ResponderEliminarBEM SEI QUE, cito: “... crise da educação e dos valores é a principal causa da actual situação crítica: a educação implica "a formação integral da pessoa humana" e não apenas da sua dimensão cognitiva, e, nesse sentido, passa pela formação moral dos jovens para o exercício pleno e responsável da cidadania."
" A crispação social revela "falta de educação": os políticos exercem a sua actividade em função do seu sucesso e não como "vocação de serviço", os magistrados violam o segredo de justiça, e os meios de comunicação social aproveitam essa violação para submeter as "vítimas" ao "tribunal popular".
" A solução das crises passa pela aprendizagem dos valores na escola e pela "construção da paz" assente em quatro pilares: a verdade, a justiça, a liberdade e o amor. “
As crises como a que vivemos – económica e social – têm causas objectivas e a sua superação deve ser assumida pelos indivíduos e pelas entidades sociais envolvidas, ou seja, por todos nós!
Não devemos tomar a atitude cómoda de meros espectadores críticos: somos parte da solução! É esta atitude mental, estes VALORES (enfrentar os problemas, ajudar a removê-los e não apenas contorná-los), que importa assumir e priorizar.
Em Moçambique (Estado de Direito) há VALORES implícitos na CONSTITUIÇÃO como o direito à vida (QUE ESTEVE NA ORIGEM DESTA TROCA DE COMENTÁRIOS)à educação, saúde, emprego, habitação, etc., que não estão a ser assegurados: o primeiro passo para a recuperação de valores passa pela exigência de cumprimento das Leis (Convenções).
FINALMENTE: gostaria que nos tivesse brindado com o seu, certamente, DOUTO conceito de Valores, que nos tivesse dado a oportunidade de também apreendermos de Si. Preferiu ficar-se pelos ??? e remeter os esclarecimentos para o ministro da educação. Está no seu direito!
Muito obrigado. Até mais. Tudo de bom para Si.
Socorri-me do meu velhinho dicionário da Porto Editora, 3ª Edição (muito corrigida e aumentada) onde encontrei, entre outras as seguintes definições de Valor:
ResponderEliminar1. Valor intrínseco: valor real, independente de quaisquer condições.
2. Valor extrínseco: valor dependente de uma convenção, e geralmente superior ao intrínseco.
3. Valor real: valor do metal de que se faz a moeda, independentemente do que a cunhagem lhe atribui.
4. Valor nominal: valor facial ou que consta de qualquer título, e que pode ser superior ou inferior ao valor real.
5. Valor estimativo: valor que se calcula pelo apreço ou estima em que se tem um objecto.
Felicito ambos pela cortesia: também um valor!
JP