Outros elos pessoais

10 maio 2009

"Escrevi, branca"

"Alguma imprensa semanal e mesmo diária do nosso país parece lamentar a vitória do ANC e de Jacob Zuma nas eleições recentes da África do Sul. De algum modo nesta manifestação de desagrado demonstram tanto a fraca análise própria como o estarem a reboque da dita imprensa liberal branca. Escrevi, branca." - Sérgio Vieira, na sua habitual "Carta a muitos amigos" na página 5 do semanário "Domingo" de hoje, a propósito de posições que Zuma assumiu e das acusações de corrupção que sobre ele recaíam.
Comentário: mesmo tendo Vieira achado necessário escrever a negro o branca, para mostrar que sabia o que estava a fazer, é sempre um problema acharmos que as nossas posições dependem de características fenotípicas, que o nosso pensamento é biologicamente determinado e varia consoante somos brancos, pretos ou mestiços (há quem prefira o termo mulatos).

5 comentários:

  1. Um grande problema, professor. Já agora, quanto ao que varia, acrescente canecos. Mesmo que não seja a negro.

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  2. E eu escrevo RACISTA!
    Ja agora, porque nao identifica essa tal imprensa liberal branca?
    Mais um dislate inconsequeente do coronel!

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  3. Meu coroné, meu coroné... Diz cada bacoradas!!! Melhor seria cuidar do vale que parece que anda abandonado... mas onde mesmo já se viu um coroné das forças populares passar para a agricultura? E dai para a escritura... É nisso que dá quando um coroné sabe tudo e acho que os demais não sabem nada... O que é que o coroné já fez? Seria bom mostrar algo de positivo... de útil, de bom para a nação!
    Meu coroné, meu coroné...

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  4. Quando eu era muana, muana mesmo, lá no Luabo / Chinde / Zambézia estava a conversar com um outro muana como eu.

    Esse muana era Sena de verdade, eu sou/era "Sena" emprestado.

    E , no decorre da nossa conversa, apontando para um indivíduo que nem Sérgio Vieira, me disse:

    - Olha, aquele ali, voa, mas não é passarinho.

    A surpresa apanhou-me desarmado, perante tal afirmação.

    - Então como é isso, se voa, e também não é avião, como pode ser?

    Com um ar de triunfo, matreiro, rematou:

    - Olha, o morcego voa, mas não é passarinho.

    Nunca mais esqueci esta estória da minha muanice, com a filosofia da África Natural, como já aqui foi citado.

    Voa mas não é passarinho!

    De facto.

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  5. cada vez mais me parece que a cor que mais faz a diferenca agora, e a do dinheiro

    Jokas

    paula

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