Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
31 maio 2009
Encher cofres em poucos instantes
7 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
You have indicated that persons, living in the zones where the resorts will be constructed, will have to move out.
ResponderEliminarAre there reliable estimates on how many are they ?
Please read new adenda.
ResponderEliminarEncher cofres de quem?
ResponderEliminarDe onde virao esses 500 mil turistas? Do maputo?
Da pra rir...
Mas a reportagem é prolífica em dados do género: "A robustez dos números abarca ainda a quantidade de turistas esperados que, segundo dados em nosso poder, vão ascender os 500 mil por ano, ou simplesmente 41 mil turistas por mês".(Hoje no diario da oficina)
ResponderEliminarEstimado amigo: 41000 turistas por mes ? Estes numeros parecem-me mirabolantes. Acho que vale a pena investigar a fundo esses empreendimentos turisticos.
Esperemos que os empresarios tenham feito estudos de mercado durante os ultimos seis meses. É que aqui nos jornais tenho lido que os franceses (por exemplo) estao a passar as suas cada vez + curtas ferias, ao pé de casa(França, paises Uniao Europeia, paises francofonos da Africa do Norte). Suponho que o mesmo esteja a acontecer com os outros turistas europeus.
Uma coisa é certa, ha sempre assuntos deveras interessantes para os jornalistas MOZ investigarem. Eles que centrem bem os holofotes...
RC
É indubitável que o futuro do país passa pelo turismo. Sempre defendi aqui que o país deve fazer a diferença com coisas boas e nossas, o artesanato, a nossa mobília, as nossas praias, as nossas cidades, enfim, a nossa generosidade deve ser mostrada a quem dela quiser aprender. A ideia de que se fala só será boa, unicamente boa, se a lei for cumprida e desde que sejam respeitados os interesses do povo. O povo em primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto lugares, depois o resto. Caso contrário, o aproveitamento a custa do povo é crime e deve ser, caso se verifiquem estes actos, punidos e repudiados veementemente.
ResponderEliminarUm abraço
1. Mais importante do que as Ruínas e Bairros de Lata darem lugar a hotéis de luxo, é que a população que vive nesses locais venha a ser compensada e tenha benefícios no presente e a prazo. Por hipótese, da forma seguinte:
ResponderEliminarA. Direito a serem transferidas para zonas devidamente infra-estruturadas, com água, electricidade, acessos, transportes de e para a cidade/localidade mais próxima das zonas cedidas.
B. Identificação das pessoas deslocadas da zona que irá ser ocupada por cada projecto específico (p.e. Hotel A, B, C, etc).
Constituição de uma entidade jurídica, Associação do ex-moradores da área do projecto, A, B, C, etc., p.e.
C. Direito dessas Associações terem uma participação no capital social do empreendimento a edificar nas áreas que cederam. Participação inicial, ou qualquer aumento de capital, a realizar em 100% pelo Investidor/ ocupante.
D. Cada Associação/ seus membros não poderiam vender as suas participações por um período de, p.e. 20 anos, incluindo os herdeiros, para que pudessem beneficiar de facto dos resultados do empreendimento e não optassem rapidamente pela venda dos seus direitos (… questões a aprofundar).
E. Desta forma, a população a deslocar veria suas condições de habitação melhoradas no curto prazo e teria direito a uma mais valia futura, na forma de dividendo, em função dos lucros do empreendimento.
Se não se optar por uma solução deste tipo, e se seguir o que a reportagem do Domingo relata, o Governo vai cometer Barbaridades sobre as populações a deslocar.
Não se deve ignorar que elas, cedendo seus direitos, são uma componente essencial para a viabilização deste tipo de projectos.
A sua comparticipação, ao cederem as zonas para a implantação das diferentes unidades económicas, é bem maior do que o custo dos materiais de construção e alguns trocos “amendoins” mais, para construírem sua casa longe da vista dos futuros turistas.
2. Luísa Diogo na sua recente visita à Dinamarca referiu que Moçambique está a ressentir-se na crise internacional, destacando: (i) quebra de exportações em quantidade e preço unitário;
(ii) quebra de receitas de turismo, da ordem dos 20 a 25%; (iii) quebra nas viagens aéreas da ordem também dos 20 a 25%;
(iv) maior esforço do Governo para a colocação de dólares no mercado interno, com reflexos nas reservas líquidas em moeda externa, para evitar maior desvalorização do metical e aumento da inflação.
Perante este cenário, é provável que, não obstante o grande interesse dos INTERMEDIÁRIOS indicados na reportagem; o Grupo VIP-Hoteis; a Fundação Joaquim Chissano, a Anfrin e outros, tenham que “pacientar” largo tempo, até que a situação internacional melhore, para arrecadarem suas comissões/participações: O sistema financeiro internacional fechou mesmo os cordões à bolsa.
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PS: A Hotelaria e Agências de Viagens são, tradicionalmente, veículos para a lavagem de dinheiro, cada vez mais atraentes com a vulgarização do dinheiro electrónico. Daí, também, a razão de tanta apetência!
Os nossos governantes pensam TÃO GRANDE... que esquecem o direito ao bem estar dos PEQUENOS.
ResponderEliminar" A economia não se limita simplesmente ao dinheiro, como é opinião do vulgo, mas abrange todos os nossos recursos psico-físicos. É, em rigor, o científico governo da nossa personalidade, e a acertada aplicação do nosso tempo, do nosso trabalho e do nosso dinheiro" (ROOSEVELT).