Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
09 abril 2009
Informais em força nos passeios e nas ruas
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
> Problemas económicos, estruturais,como é a economia informal, não se resolvem com medidas administrativas..., cosméticas,"para inglês ver" ...
ResponderEliminar... que Simango tenderá a atenuar com a proximidade de eleições.
> Políticas económicas e sociais realistas: PRECISAM-SE!!
AM
As grandes cidades dos paises do " terceiro mundo " ( será que não descemos para o quarto? ) enfrentam problemas graves. A emigração campo- cidade faz com que seja díficil prover a vaga de " chegantes " do básico para viver num espaço urbano ou peri-urbano. A invasão de informais nas artérias da cidade, provenientes do todo o pais com incidencia para os das provincias da Zambezia, Gaza e Inhambane, prova que o slogan do governo de eliminação da pobreza ainda é uma falácia. Apesar do quadro macro ser desfavorável aos gestores e planificadores urbanos, urge que se tomem medidas administrativas
ResponderEliminar( enquanto os verdadeiros problemas estruturais se resolvem a jusante )adequadas e atempadas para as nossas cidades não virarem uma selva de asfalto. Exemplificando: não é problema estrutural um individuo adulto urinar em plena hora de ponta nos separadores da Av eduardo Mondlane, 24 de Julho , 25 de Setembro etc; Não é problema estrutural o C. Municipal não intervir duramente contra os vendedores de alimentos que o fazem sem obdecer as regras minimas de higiene em tempo de cólera, isso é crime, crime que deve ser punido para salvaguardar a saude dos incautos; Não é problema estrutural deixar os dumba nengueiros tomarem conta de todos os passeios da cidade enquanto os mercados andam as moscaS;não é problema estrutural quando permitimos o surgimento de lupanares, barracas e quejandos ao lado de creches e escolas primárias. Quanto a mim, a despeito do desemprego, emigração campo cidade, etc etc, falta é um punho de ferro para meter as coisas na ordem devida. Sem ordem não haverá progresso e desenvolvimento, as gerações vindouras irão considerar que este é o modus vivendi. Alguns advocam que temos que ter cidades africanas-está errado. Cidade é cidade em qualquer parte do mundo e deve ser gerida como tal.Avião na América é pilotado da mesma maneira como em Moçambique!
Meu caro,
ResponderEliminar> Termina bem o seu comentário afirmando que "Avião na América é pilotado da mesma maneira como em Moçambique". Sabe porquê? Simples: porque a INFRA-ESTRUTURA de base para que tal aconteça é a mesma; lá como cá existem Aeroportos, Manutenção de Aviões, Pilotos e pessoal competente.
> No meu entender,contrariamente ao que afirma, todos os restantes exemplos que dá (urinar na via publica; venda de produtos alimentares em passeios; lupanares e barracas ...) são exemplos perfeitos das consequências da falta ou fragilidade das INFRA-ESTRUTURAS para o desenvolvimento económico e social do país:
> A economia informal é CONSEQUÊNCIA de insufiências nos sectores chave do país: educação, sáude, segurança social, ministérios económicos, etc.
> Sem mais e melhores, escolas; unidades de saúde; políticas de apoio às actividades económicas que gerem emprego formal; transportes; justiça eficiente; políticas de habitação; segurança, etc. ... a economia informal continuará a ser a SOBREVIVÊNCIA, com a dignidade possível, de muitos de nós.
> O "punho de ferro" que preconiza (via administrativa), tornaria as nossas ruas "menos poluídas" dos mais desfavorecidos de nós, mas não gera emprego nem desenvolvimento: é atacar os efeitos, mantendo as causas e potenciando maiores indices de criminalidade e miséria moral e material.
> Foi atacando as causas, criando as INFRA-ESTRUTURAS, que os países desenvolvidos conseguiram,reduzir a economia informal, em média, para menos de 20% de suas economias globais.
> Nós temos, seguramente, mais de 80% da nossa economia no informal.Não inverteremos a situação, apenas, com "punho de ferro".
AM