Outros elos pessoais

25 abril 2009

25 de Abril

Comemora-se hoje mais um aniversário da revolução dos cravos ocorrida em Portugal a 25 de Abril de 1974. Saiba aqui, veja aqui e recorde aqui a canção do falecido cantor e compositor Zeca Afonso (leccionou muitos anos em Moçambique, em particular na cidade da Beira, no ex-Liceu Pero de Anaia, hoje Escola Secundária Samora Machel, onde também fui professor em 1974/1975) que serviu de senha para o início da revolução que levou à queda da ditadura em Portugal e constituiu um passo importante para a independência de Moçambique a 25 de Junho de 1975.
Adenda 1: creio que foi em Maio de 1974 que, com outros colegas jornalistas, viajando na então DETA (hoje LAM), visitei Dar es Salaam e aí, no Instituto Moçambicano, conheci Samora Machel. Lembro-me, também, de ter visto Marcelino dos Santos e Sérgio Vieira.
Adenda 2: o leitor Gouvêa Lemos, também autor de um blogue, sugeriu-me que soubessemos de uma entrevista dada a uma rádio pelo advogado Adrião Rodrigues (viveu muitos anos na então Lourenço Marques, hoje Maputo) a propósito do 25 de Abril. Confira aqui.

10 comentários:

  1. UM GRANDE DIA QUE OS PUDORES E TREMENDOS COMPLEXOS DE TODOS NÓS, COLONIZADOS, NUNCA PERMITIU QUE FOSSE DEVIDAMENTE VALORIZADO NOS NOSSOS PAÍSES. UM DIA DE CORAGEM E PAZ FRATERNA, DE ALIANÇA ENTRE O EXÉRCITO E O POVO, UM EXEMPLO PARA O MUNDO.

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  2. Privaram-nos da festa e reduziram a força que poderia ter a festa dos portugueses.

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  3. Recordo-me deste Grande Dia. Eu frequentava a quarta-classe na Missão de São Pedro do Lúrio. Tivemos uma semana turbulenta, pois os missionários daquela igreja já estavam com malas aviadas, para seguirem o destino do D. Manuel Vieira Pinto.

    No domingo anterior, havia aterrado no nosso campo de futebol um helicópetro militar. O que era? Uma espionagem?

    No dia 25 de Abril, logo que iamos comecar com as aulas, chegou a correr o Irmão Catarino,um italiano, e, disse: golpe de Estado em Portugal. Ligámos a rádio para acompanharmos o desenrolar dos acontecimentos em Portugal.

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  4. Creio que é uma data que merece receber o carinho de moçambicanos, angolanos e guineenses, até porque marca a vitória dos seus movimentos de libertação nacional.

    De facto, o objectivo de uma guerrilha não é uma vitória militar no terreno, mas fazer com que o opositor deixe de querer lutar.
    Existe maior vitória do que levar o exército inimigo a fazer uma revolução que tem como um dos seus 3 principais objectivos a descolonização?

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  5. Paulo,
    Muito sábia a tua colocação.
    A história destes países está interligada, como os movimentos revolucionários de ambos o estão. É redundante dizer isto, mas há quem evite ou teime em negar tal facto.
    Um abraço para ti.
    Zé Paulo

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  6. De acordo com Paulo Granjo, sem tirar qualquer mérito ao triunfo maior das colónias, a proclamação da Independência. O 25 de Abril de 1974, além de grande início do depôr das armas e retirada do inimigo, e subsequentemente do processo de descolonização, foi o fim do fascismo para os povos das colónias, o início de uma nova era, o saborear-se, pela primeira vez num período de gerações, a liberdade de expressão.
    Analisado sem preconceitos, o 25 de Abril é riquíssimo de significado político para os PALOP e, pela simbologia das flores em lugar de balas e moldura de fraternidade de que se revestiu, de elevado valor educativo para um espírito de paz e fraternidade até mesmo universal.

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  7. Tirando Cabo-Verde, após inflexão política verificada, venha o diabo e escolha.

    Podemos esperar, afinal só estamos em 2009, 35 anos depois...

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