Outros elos pessoais

25 março 2009

Venezuela: mulheres e linchamentos

Numa intervenção ontem feita sobre o tema "Violência e América Latina", o Prof. Roberto Brincenõ-León, da Universidade Central da Venezuela, mostrou que os linchamentos no seu país contam com o apoio de uma parte significativa das mulheres. Enquanto não tenho acesso ao texto dele, permitam-me sugerir-vos que leiam aqui. No nosso país e especialmente através da televisão, choca muitos de nós verificar, de vez em quando, a intervenção justificadora de mulheres aqui e acolá nos linchamentos.

1 comentário:

  1. Professor, rápidas melhoras.Por muito que lhe custe, tem mesmo que aceitar repousar uns tempos: o bem-estar físico, mental e moral é fundamental para sustentar a sofregidão de trabalho intelectual em que está permanentemente envolvido. Cuide-se, queremo-lo com a pujança a que nos habituou!

    > Quanto à conclusão da intervenção do Prof. Roberto Brincenõ-León, cito:

    "Quanto mais frágil são as instituições sociais, os orgãos de segurança, a possibilidade de punir os que cometem crimes, maior será a manifestação dessa violência".

    Sinceramente,nada de novo!
    Quantas vezes neste blog temos referido que estes fenómenos (linchamentos e outras formas de violência de massas, em países em vias de desenvolvimento), são consequência da ignorância, miséria física e moral, resultante da falta de infra-estruturas institucionais, económicas e sociais (de degradantes condições de bem-estar).

    > Permita-me voltar a Mogincual, antes das mortes por asfixia de 12 detidos: Notícias, 27Fev2009

    " Devido à fome: Mogincual sob ameaça da neuropatia tropical
    O distrito de Mogincual, em Nampula, está sob forte ameaça de retorno da neuropatia tropical, doença que é causada pelo consumo de mandioca da variedade amarga, com altos índices de cianeto e que pode levar à morte ou, no mínimo, provocar deformações físicas nos membros superiores e inferiores das pessoas".

    > Obviamente que em zonas estruturalmente tão frageis, de fome ciclica, quase permanente, estarão sempre latentes as condições para o retorno às "enormidades" associadas à ignorância /crenças irracionais.

    Um abraço,

    AM

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.