Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
30 março 2009
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Caro Professor.
ResponderEliminarNa impossibilidade de o fazer pessoalmente faço-o por este meio. Receba os calorosos e repetidos cumprimentos de Michel Wiewiorka com quem estive a semana passada em Taiwan. Disse-me que tinha muitas boas lembranças da hospitalidade que o proporcionou a quando da visita que, a seu convite, efectou a Maputo.
Reporteres Sem Fronteiras (http://www.rsf.org)
ResponderEliminarComunicado de imprensa
27 de Março de 2009
MOÇAMBIQUE
Um jornalista ameaçado de morte por um governador de província
Repórteres sem Fronteiras expressa a sua mais viva preocupação na sequência das ameaças de morte proferidas publicamente por Ildefonso Muananthatha, nos dias 16 de 17 de Março, contra Bernardo Carlos, jornalista do quotidiano Notícias. O governador da província de Tete (Centro-Oeste do país) ameaçou o jornalista de sofrer o mesmo destino que o seu colega Carlos Cardoso, assassinado em 2000.
“Condenamos resolutamente as declarações chocantes do governador Muananthatha. A referência a Carlos Cardoso não é inocente, pois a tragédia que representou o seu assassínio permanece gravada na memória de todos os jornalistas moçambicanos. Solicitamos às autoridades que tomem estas ameaças a sério e façam o possível para garantir a segurança do jornalista”, declarou a organização.
No dia 16 de Março, Bernardo Carlos deslocou-se ao distrito de Magoé juntamente com vários colegas do canal público Televisão de Moçambique (TVM), da Rádio Moçambique (RM) e do jornal Diário de Moçambique, no intuito de cobrir um comício do governador Muananthatha. Este, no decorrer do seu discurso, afirmou que “a verdade tem o seu preço”. Dirigindo-se a Bernardo Carlos, o governador Muananthatha acrescentou: “Sabes o que aconteceu com o jornalista Carlos Cardoso? Não te admires se um dia acordares sem o braço que estás a usar para me acotovelares.” No dia seguinte, Ildefonso Muananthatha voltou a ameaçar o jornalista.
O governador acusa Bernardo Carlos de ter escrito uma série de artigos sobre a sua política de empregos públicos e de serviços municipais. No centro da polémica encontra-se nomeadamente um artigo acerca do estado da rede eléctrica na região e da gestão das inundações na província de Tete, que há dois anos provocaram numerosos desalojados.
Carlos Cardoso, director de Metical, foi assassinado a 22 de Novembro de 2000 na Avenida Mártires de Machava, em Maputo. O jornalista encontrava-se no seu automóvel conduzido pelo motorista quando dois indivíduos se atravessaram à sua frente e abriram fogo. Atingido várias vezes na cabeça, Carlos Cardoso teve morte imediata. O seu motorista ficou gravemente ferido. Antes de ser morto, o jornalista levava a cabo uma investigação sobre um desvio de fundos na ordem dos vários milhões de euros do Banco Comercial de Moçambique. Carlos Cardoso havia acusado designadamente os irmãos Satar e Vicente Ramaya, três homens de negócios moçambicanos, de estarem envolvidos no caso.
Obrigado.
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