Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
20 março 2009
Mapeando linchamentos (4)
6 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Thank you for the new map. It shows clearly that, sofar, the lynchings are more frequent(87%) in places near the coast. Why ?
ResponderEliminarA very good question, but I don't know by now....
ResponderEliminarRepare, Professor, que as areas de grande influencia das igrejas evangelicas tradicionais (presbiterianos, metodistas, anglicanos, nazarenos, baptistas, assembleias de deus e outras) nao sao afectadas pelos linchamentos! Zonas como Maputo (de grande influencia da igreja presbiteriana) e zonas da Beira (de grande influencia da Igreja de Cristo) sao a excepcao ao que digo. Explicacao que ee justificada, tallvez, pelo facto destas duas cidades estarem a atrair gente de todo o tipo.
ResponderEliminarO ensino das igrejas evangelicas ee orientado no sentido de eliminar as crencas obscurantistas, incluindo a crenca na possibilidade de alguem amarrar a chuva. Para os crentes destas igrejas a chuva vem de Deus.
Outro grande investimento que estas igrejas fizeram foi inculcar o espirito da dignidade humana em que um dos aspectos mais importante ee a crenca de que a vida humana ee sagrada e pertence unicamente a Deus
Nao digo que as outras igrejas nao o tenham ffeito. Mas o investimento aplicado foi diferente. Compare-se a coloracao de Machanga ou Buzi, no seu mapa (zonas de forte influencia da igreja de Cristo) com a coloracao, digamos do Dondo e Quelimane! E poder-se-ia presumir que o Estado estaa mais ausente de de Machanga que de Dondo ou Quelimane onde os linchamentos sao mais frequentes.
Verifiqque a minha hipotese caro Professor.
Juliao Matsinhe, estudante de teologia
Muito obrigado pelo que avança. Vou ter isso em conta. Vamos a ver se surgem mais comentários.
ResponderEliminarPor razões que ignoro, um comentário de Reflectindo a esta postagem não entrou, apesar de eu o ter editado. Estarei atento a ver o que se passa com o meu spam buster.
ResponderEliminarDe Janet Gunter recebi um email do qual extracto o seguinte: "Só uma dica rápida. Vi este paper mencionado em vários sites na net.
ResponderEliminarThe Slave Trade and the Origins of Mistrust in Africa (Nunn and Wantchekon)
http://tinyurl.com/dxubfy
Acho super relevante a questão de linchamentos, cólera, etc.
Mas eu queria poder desafiar um pouco a presuposição que distância da costa indica mais confiança, porque houve menos efeito de comércio de escravos. No meu entender, o fim do comércio até chegou mais ao interior do que no periodo de comércio atlântico. Niassa foi super afetado pelo comércio até os anos 1910s, e sempre acreditei que contribue ainda a falta de confiança na sociedade civil ao nível provincial, e nas relações no nível local."
Obrigado, Janet.