Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
20 março 2009
Ainda sobre os 12 reclusos perecidos
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Os cidadãos em causa morreram nas maos da autoridade e por isso a autoridade que deveria-se responsabilizar pela sua guarda e protecção e não foi capaz de o fazer deveria ser responsabilizada. Não apenas o caixão... Deveriam indeminizar as vitimas e os feridos também, decretar luto provincial (se nao o fazem a nivel nacional), pelo menos na provincia, demitir o chefe provincial da policia (se não podem fazer com o Ministro) fazer alguma coisa mais para chamar a atenção para este crime cometido pelas autoridades a quem nós confiamos a nossa segurança e pagamos impostos.
ResponderEliminarE por falar de impostos. Bem que as autoridades sabem cobrar. Mas quando é para devolver o que pagamos a mais, dizem que somos muitos... (só somos poucos para pagar, quando é para receber o que nos é devido pelo Estado... ficamos logo muitos)...
Esta é a cultura e a moral que estamos a desenvolver no pais. A lei do mais forte. Depois dizemos que os 5/2 são dias malignos... trazidos de fora, etc, etc...
As pessoas estão meio cansadas de enganos...
Muitas dificulades têm as nossas "autoridades" de se fazer respeitar e dai vem a sua falta de Autoridade!!!...Só podem ser "respeitados" através da violência!
A morte de 12 presos nas celas do Comando Distrital da PRM de Mongicual na Província de Nampula é uma comprovação incontestável da instituição da pena de morte nas cadeias (e celas) moçambicanas. O lamentável e deplorável é que tal facto conta com a efectiva participação do Estado, que negligencia, de forma manifesta, em tutelar a integridade física e moral dos presos. A morte destes 12 presos – é mais uma de várias, até quando? Sei que o mesmo cenário (de superlotação) vive-se na 1ª Esquadra da PRM na Cidade de Nampula e na Cadeia Civil da mesma cidade e em outras partes do país. Não é segredo para ninguém. Este facto decorreu da superlotação da cela, que estava para além da sua capacidade normal.
ResponderEliminarNeste momento foram suspensos das suas funções o Comandante Distrital da PRM e O Chefe da Brigada da PIC de Mongicual. A questão que se coloca é: serão as únicas pessoas a serem politicamente responsabilizadas? Fica a questão.
O Estado moçambicano deve ser responsabilizado, visto que, ao permitir a superlotação da cela, não cumpriu apenas o seu dever legal de proteger os presos, mas violou, também, de modo grave à garantia de assegurar aos presos (e detidos) o respeito à integridade física e moral (direitos fundamentais). Isto não pode ficar impune. Mais não disse.