Estas duas senhoras idosas foram consideradas feiticeiras, algures numa província deste país. Escaparam ao linchamento, mas os seus corpos foram irremediável e duramente marcados com a ablação de algumas partes: na foto de cima por uma mão, na foto de baixo por parte de uma orelha. Os linchamentos por acusação de feitiçaria (sejam os físicos, sejam os por morte social), que atingem especialmente as mulheres, serão o tema do próximo livro da Unidade de Diagnóstico Social do Centro de Estudos Africanos. Entretanto, recorde esta minha postagem aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
28 dezembro 2008
Marcadas por serem consideradas feiticeiras
Estas duas senhoras idosas foram consideradas feiticeiras, algures numa província deste país. Escaparam ao linchamento, mas os seus corpos foram irremediável e duramente marcados com a ablação de algumas partes: na foto de cima por uma mão, na foto de baixo por parte de uma orelha. Os linchamentos por acusação de feitiçaria (sejam os físicos, sejam os por morte social), que atingem especialmente as mulheres, serão o tema do próximo livro da Unidade de Diagnóstico Social do Centro de Estudos Africanos. Entretanto, recorde esta minha postagem aqui.
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Penso que é altura de aprofundarmos a parca legislação sobre a feitiçaria e curandeirismo, sobretudo no que tange a responsabilidade civil e penal envolvendo estas práticas.
ResponderEliminarJá há anteprojectos para o novo código penal e código de processo penal, mas esta questão não é tomada em conta.
Ainda estamos eivados de um pensamento positivista e europeista, o que nos faz ignorar estas situações.
Os julgadores (infelizmente) continuarão a passar ao lado destas questões ou recorrerão ao “pouco” da legislação para acautelar estes casos. Apenas terão direito para punir o autor da agressão (ou até do homicídio), mas nunca daquele que se vem queixar contra alegada feitiçeira(!!)
Hermenegildo Chambal
Sem dúvida que a legislaçao e a penalizacao sao fundamentais. Mas estao a juzante do fenomeno. Falta analisar o que esta a montante (perdoe, fiquei de repente sem possibilidade de acentuar as palavras).
ResponderEliminar