Outros elos pessoais

19 novembro 2008

Hipótese

A propósito da realização hoje das terceiras eleições autárquicas em Moçambique e do que fui ouvindo no excelente trabalho feito pelas dezenas de correspondentes da Rádio Moçambique espalhados pelo país, permitam-me propôr o seguinte:
Quanto mais nos afastamos do Sul do país e, especialmente, da cidade/província de Maputo:
1. Maiores são as dificuldades técnicas de gestão dos processos de atendimento dos eleitores;
2. Mais sólido é o tempo antropológico e menos preocupadas estão as pessoas com o cumprimento dos relógios urbanos.

4 comentários:

  1. Essa do tempo antropológico é interessante: em 2002, quando do estágio na Fonte Boa, hoje Tsangano, as minhas categorias kantianas de tempo e espaço não tiveram lugar: vezes sem conta, esperava mais de uma hora que o marcado para iniciar uma reunião. Depois me apercebi que era mais lógico marcar a reunião de acordo com a posição do sol e não recorrendo às horas relógio. São os nossos aspetos antropológicos!

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  2. QUE GRANDA DESCOBERTA

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  3. Pois é, as grandes descobertas tb são antropológicas.

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  4. Anónimo:
    no lugar de cinismo, porque não pensar nas consequências da modernidade moçambicana? Por que não parar e pensar nos fatores por detrás das reprovações em história,por parte dos alunos do ensino básico, em função da visão linear da história presente nos livros de história, contraposta a concepção ciclica que rege as formas de vida dos povos bantu? E depois vem alguns da jovem geração afiramndo que não consegue trabalhar no distrito.

    Parece-me que tem de aprender a ler e interpretar corretamente. Aperceber-se não quer dizer descobrir.
    São lógicas e racionalidades diferentes a que muitos de nós estamos cegos. Se você entendesse nesse sentido o que eu afirmei, então, o cinismo não faria parte do teu universo axiológico.

    Tenho dito!

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