Nesta campanha para as eleições autárquicas, uma vez mais, a Frelimo pôs em campo uma enorme máquina de engenharia cénica. O Boletim sobre o processo político em Moçambique assinala uma "esmagadora vantagem" desse partido com ministros e altos funcionários em campo durante toda a semana, com carros e motos circulando em vilas e cidades. A Renamo esteve em dificuldades na maioria dos locais, uma vez que "não tem uma sede de campanha nacional nem há qualquer espécie de apoio central, a campanha está a ser gerida pelas representações locais, com os seus próprios recursos. Os pequenos partidos e listas de cidadãos não parecem estar fazer mais de uma pequena impressão."
A equipa de correspondentes do boletim citado atribui muita importância a esse tipo de engenharia cénica e parte do princípio de que ela contribui para as direcções votais.
Todavia, teria sido interessante sair da vistosidade à superfície e tentar saber o que realmente se passou no porta-a-porta, na rádio rua, nas picadas do informal. Tentando, mesmo, a aplicação de pequenos questionários de medição de percepções.
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