Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
28 outubro 2008
BOBs2009: convite aos bloguistas (3) (continua)
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Não sou uma dessas taradas da escrita que pensam que colocar sujeito-verbo-complemento e sem erros é o suficiente para torná-los intelectuais e aptos a pegar na caneta e planta-la no mais íntimo dos editores (web e outros) a tornar-se um editor amanhã. Que me importam os louros e favores se no mais profundo, eu sei que minhas palavras são inúteis e ineteligentes, mas que fazem sentido. A partir deste nível de precisão só tiro um prazer: o de ser compreendida. E, no entanto, quando digo precisão, só o penso furtivamente porque quando eu irei reler amanhã o que escrevi, eu não irei compreender nada. Este repertório de ideias assaltam-me, por isso fiz um blog, com razão ou sem ela, pouco me importa. Eu escrevo, é o principal. Gosto de mim mas não o suficiente para admirar-me. Eu odeio-me, mas não o suficiente para calar-me. Época mítica da livre expressão, se for, eu escrevo estas observações com complacência, pensando ser lida e admirada pelo meu estilo que afinal não é um. Leio muito, penso muito, sofro muito. Mas eu não escrevo o suficiente. Se eu escrevesse mais, eu compreenderia o mistério da Bíblia, da Vida, da criação do Big Bang, como a maioria de vocês. Será esta a loucura que anima-me? Talvez. Mas, doce e amarga de uma só vez, um não subtil sentido que me conforta e reforça a ideia da escrita automática. É bonita a escrita automática, e tão pratica. Despertar no meio da noite por um servo (Balzac ou Zola ou outro não sei ...) e escrever no papel as primeiras palavras que vêm à mente. Eu não dormia, quando escrevia estas linhas. Estava simplesmente embriagada. Lisa
ResponderEliminarLisa: belo texto. Belo mesmo.
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