Outros elos pessoais

22 agosto 2008

Custódio Duma

O jurista Custódio Duma, da Liga dos Direitos Humanos, escreveu um texto com o título "É preciso coragem para não aceitar!" Confira aqui.

1 comentário:

  1. Ilustre,

    No seu blog, em maio/junho, Júlio Mutisse questionou, a propósito da acção da inspecção do trabalho nas empresas jornalísticas rotulada na época como atentado à liberdade de imprensa, porque razão corremos para estes alarmismos quando se inspecciona a actividade dos jornalistas ou quando se levam a julgamento comportamentos de jornalistas.

    Serão as empresas jornalísticas e os próprios jornalistas entes à parte intocáveis?

    De modo como se apresenta o caso Zambeze parece que os jornalistas e opróprio jornal já foram condenados pelo simples facto de estarem a ir a julgamento.

    Mas Sr. Dr, o que é um julgamento afinal?

    Alguém respondendo ao Mutisse disse: "tenho a impressão de que alguns dos nossos jornalistas não percebem muito bem o que significa liberdade de imprensa. já me insurgi uma vez com alguns deles quando gritaram "querem nos silenciar" quando alguém assaltou um jornal. falta, a alguns deles, medida na avaliação dos perigos que enfrentam."

    Outro disse: " os jornalistas acham-se uma classe diferente de todas as outras. quer dizer, fazem parte do povo e ao mesmo tempo não fazem. fazem parte do govrno e ao mesmo temp não fazem. estás a perceber? é pois complicado. e talvez seja por isso que os bosses dessas empresas apareçam a reclamar que o estado quer silenciá-los. enfim, vamos continuar com o papo."

    Outros ainda disse: "Os homens da imprensa tem o previlegio de ter "vozes" de longo alcance e se escondem atrás dela sempre que são chamados a observar algumas normas elementares."

    O Mutisse respondendo disse que é do nosso interesse que essa "voz de longo alcance" permaneça, seja fortificada etc. Mas essa voz não pode, nem deve, ser um escudo na qual os profissionais do "4º poder" se escondem quando se trata de cumprir as leis que, eles próprios, exigem dos outros o seu cumprimento.

    Acrescentou respondendo ao outro comentador que mais do que que "medida na avaliação dos perigos que enfrentam" falta às empresas jornalísticas e aos próprios jornalistas serenidade para perceberem o "mundo" em que estão inseridos e a assunção de que há regras que lhes são aplicáveis e que devem ser aplicadas a cada prevaricação.

    Também acho incrível a solidariedade que se abate destes profissionais quando há um processo movido contra um jornal ou jornalista. É como se estes, em nome da "tal" liberdade de imprensa, pudessem, ilimitadamente, vir a público e disdizer de quem quer que seja impunemente ou violar direitos de outrém sem sanção.

    QUE SE FAÇA JUSTIÇA SEMPRE, INDEPENDENTEMENTE DE SER OU NÃO JORNALISTA. QUE SE CONDENEM OS CULPADOS E SE ILIBEM OS INOCENTES. SE DÚVIDAS HOUVEREM SOBRE COMETIMENTO DE CRIMES QUE SE BENEFICIEM OS RÉUS EM NOME DA JUSTIÇA.

    O que não podemos fazer é achar que há uma classe intocável que ao mínimo toque põe-se aos gritos como se o mundo acabasse amanhã.

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