O O Autarca do dia 2 tem texto muito optimista no qual procura mostrar que em Sofala os trabalhadores não falaram este ano de fome mas de melhoria das condições de vida: "Um aspecto positivo que ficou patente (...) ontem durante as manifestações pacíficas organizadas pela massa laboral moçambicana, neste caso concreto ao nível da Província de Sofala, por ocasião da celebração do 1° de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, tem a ver com o facto de ter sido demonstrado praticamente ultrapassada a lamentação de fome que até então vinha caracterizando o discurso do dia-a-dia dos trabalhadores nacionais, passando, estes, agora, a centrarem as suas atenções na exigência de cada vez melhores condições de vida versus sócio-laborais. No mínimo isso revela que o nível de preocupações patentes no seio dos trabalhadores moçambicanos, voltamos a sublinhar, neste caso particular em Sofala, progrediu de qualidade, pois quem deixa de falar de fome e passa a reclamar melhores condições, é bastante positivo. É mais ou menos o mesmo de quem sente que já ultrapassou a situação de emergência e quer partir para o estado de desenvolvimento, e isso não foge muito a regra que caracteriza a satisfação como sendo um pressuposto inesgotável. Tem se dito que o muito em relação a ontem hoje passa a ser pouco, e infelizmente tem sido assim sucessivamente."05 maio 2008
As subtilezas do "O Autarca"
O O Autarca do dia 2 tem texto muito optimista no qual procura mostrar que em Sofala os trabalhadores não falaram este ano de fome mas de melhoria das condições de vida: "Um aspecto positivo que ficou patente (...) ontem durante as manifestações pacíficas organizadas pela massa laboral moçambicana, neste caso concreto ao nível da Província de Sofala, por ocasião da celebração do 1° de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, tem a ver com o facto de ter sido demonstrado praticamente ultrapassada a lamentação de fome que até então vinha caracterizando o discurso do dia-a-dia dos trabalhadores nacionais, passando, estes, agora, a centrarem as suas atenções na exigência de cada vez melhores condições de vida versus sócio-laborais. No mínimo isso revela que o nível de preocupações patentes no seio dos trabalhadores moçambicanos, voltamos a sublinhar, neste caso particular em Sofala, progrediu de qualidade, pois quem deixa de falar de fome e passa a reclamar melhores condições, é bastante positivo. É mais ou menos o mesmo de quem sente que já ultrapassou a situação de emergência e quer partir para o estado de desenvolvimento, e isso não foge muito a regra que caracteriza a satisfação como sendo um pressuposto inesgotável. Tem se dito que o muito em relação a ontem hoje passa a ser pouco, e infelizmente tem sido assim sucessivamente."
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