Na verdade, o guebuzismo é um braço messiânico entalado no corpo chissânico. Quer correr quando o passado exige que ande devagar. É, portanto, o exercício de uma fase de transição cujo passado ainda existe e os contornos do futuro ainda não nasceram. Armazena a vibração de um desejo e a tensão dos fenómenos por resolver. As atitudes, as posturas correctivas, o imediatismo visível nas decisões são como que o protesto samoriano em meio chissaniano. O povo exige, nós corremos para o escutar. Temos a vertigem dos horizontes nas savanas expectantes.
Digamos, sempre multiplicando as imagens, que Guebuza é Samora abraçado a Chissano. Do primeiro recebe o impulso, do segundo os limites; Samora era o pai fundador do socialismo moçambicano, Guebuza é o continuador de Chissano no reforço do capitalismo de Estado que colhe em Samora a tinta que sobrou da casa socialista; Guebuza é uma bissectriz, é uma antífrase, é, para fazer uso da física quântica, uma "desordem" samoriana regida pela "ordem" chissaniana.
Diz, noutras palavras, que é um namorado-sanduiche?
ResponderEliminarTalvez....
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