Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
18 março 2008
Existe o zicoísmo? (1)
7 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
prof. nao quero ser reducionista ou anular o valor da interpelação do seu amigo, mas creio que o assunto mais de 200 mil desempregados é de um nível mais elevado. Pode-se por no "melting pot" da discussão a perspectiva dos sociólogos, a perspectiva dos economistas, a perspectiva dos psicólogos (sobre que efeitos isso tem na funcionalidade/disfunção da sociedade). Agora, debater temas das canções de Ziqo é um assunto que realmente todos e qualquer um pode, pois trata de moral...e não se precisa de ir a universidade, ou ter uma cultura geral acima da média para debater comportamentos, padrões, hábitos, usos e costumes e os seus desvios ou evoluções...o turbilhão (ou redemoínho) social que somos hoje o Moçambique dá azo a esse debate...que até pode ser fútil, retórico, filosófico ou que quer que seja mas tem a sua função prática no Moçambique actual. Outra das tentações de debater o Zicoísmo é que ele toca a todos e cada um individualmente...pois a sedução de temas que despertam em nós o ANIMAL SEXUAL, o VOYEUR, O OLHO GRANDE, é maior que a de debater temas que muitas vezes nem calam fundo na camada jovem que bloga e surfa na Net todos os dias... É a minha opinião...que ainda vou desenvolver mas por ora faço switch off...vou bazar!
ResponderEliminarAssinado, LMC The Vocab
(algo que socialmente tenha peso, algo que socialmente traduza aspirações, desejos, algo que possa ser tipificado como sistema, sistema que encontre em Zico uma formulação, uma saída, uma válvula de escape, uma resposta). Professor interessante colocacao, mas antes disso gostava de perceber o que gera e engendra esse sistema, como, porque e com que proposito o mantem e reproduz?
ResponderEliminarConcordo com Machel, discutir emocoes e coisas que mechem com o dia a dia, todos embarcam sobretudo porque todos acham ter solucoes, que devem ser apenas as suas conviccoes. Ja quando envolve pensar em 200 mil empregos, isso sao outra jardas, coisa de outro mundo, impossivel contrariar globalizacao e outras preguicas mentais. Voltando ao zicoismo, acho ter ocorrido um deslocamento dos referencias dos rappers americanos para os musicos jovens mocambicanos, que ocupam um lugar importante na vida dos jovens sobretudo das grandes cidades do pais, e so ver quanto enchem os espectaculos e as corrida s para assistir seus clips, suas entrevistas, espectaculos, anuma festas, radios, TV's, jornais, blogs, etc. Votos de bom descanso professor.
ResponderEliminarDe nada estou certo salvo de uma coisa: a de ir levantar um pequeno campo de hipóteses, bem canhestras. As questões que colocam parecem-me vitais. Deixem-se apenas repousar um pouco, escrevo já de seguida, se não sofrer mais uma interrupção de net.
ResponderEliminarStôr,
ResponderEliminarA par de ver se existe algum "zicoísmo", acho bem interessante analisar quem patrocina (QUE EMPRESAS OU EMPRESÁRIOS???)zicoísmos neste país, como o faz? Ou será que Zico/Ziqo produz sem nenhum financiamento? E que canais publicitam os zicos deste Moçambique? De quem são, quem neles manda? E o que acham os donos dos conteúdos das muziquetas que divulgam? Se é que acham alguma coisa?
Não serei capaz de fazer mais do que levantar algumas ideias. Já postei o segundo número da série sobre o "zicoísmo".
ResponderEliminarFalou de empresas pensei logo em dinheiro. Dinheiro limpo ou sujo, fácil ou suado, lícito ou ilícito enfim dinheiro. As empresas querem é dinheiro e quando fala-se de dinheiro ou melhor de ganhar dinheiro, muitas vezes se põe de lado esses códigos morais e éticos que geram debate do estilo "oque se pode ou não pode".
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