Eis mais um número da série.
Quando Samora Machel morre em 1986, segue-se um período de transição no decorrer do qual certas premissas timidamente esboçadas antes desse ano chegam à superfície social: as da liberalização, as da economia capitalista.
Do vocabulário do período anterior a Frelimo herda um inimigo: a Renamo. A Renamo continua oficialmente a revestir as características de um inimigo exterior depradador, programado pelo imperialismo em geral e pelos regímens racistas da região, da África do Sul e da Rodésia do Sul.
O período entre 1986 e 1992 não está ainda analisado. Mas é nesse período que nascem as condições que, após 1992, vão permitir o abandono progressivo da leitura do social em termos classistas, o abandono da etiquetagem do inimigo em termos sociais.
A era de Armando Guebuza consagra esse abandono definitivo em função de novos tipos de inimigos.
Veremos, no próximo número, como se operou a derivação e que tipo de inimigos passámos a ter.
Do vocabulário do período anterior a Frelimo herda um inimigo: a Renamo. A Renamo continua oficialmente a revestir as características de um inimigo exterior depradador, programado pelo imperialismo em geral e pelos regímens racistas da região, da África do Sul e da Rodésia do Sul.
O período entre 1986 e 1992 não está ainda analisado. Mas é nesse período que nascem as condições que, após 1992, vão permitir o abandono progressivo da leitura do social em termos classistas, o abandono da etiquetagem do inimigo em termos sociais.
A era de Armando Guebuza consagra esse abandono definitivo em função de novos tipos de inimigos.
Veremos, no próximo número, como se operou a derivação e que tipo de inimigos passámos a ter.
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