Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
22 fevereiro 2008
Frelimo analisa manifestações populares
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Quando é que irão actualizar o discurso? Já não estamos em 1975. Não podem dizer que TODO o povo está convosco.uma parte dos cidadãos apoiam o projecto político do Partido Frelimo, outros são indiferentes, outros ainda comungam de ideias diferentes.Devem aprender a respeitar as diferenças, ninguem é dono do saber ou da verdade absoluta. Modernizem o discurso por favor.
ResponderEliminarA mão externa evoluiu.
ResponderEliminarAgora é mão invisível.
E não se cumpriram as leis em vigor, os mecanismos de diálogo e concertação social – todos os ditadores falam de igual modo.
Uma qualquer ditadura faz leis rígidas para se perpetuar.
O Povo oprimido, qualquer que ele seja, tem que tocar primeiro à campainha da porta da ditadura instalada, e perguntar:
-Dá licença.
-Podemos revoltar-nos, se fazem o favor, podemos?
Resposta
- Não. É proibido por lei.
E o Povo, ordenado, regressa a casa a cantar hinos de louvor à boa ordem estabelecida.
Caro Edson,
ResponderEliminar“MAIS CEGO DO QUE QUEM NÃO VÊ, É QUEM NÃO QUER OUVIR”.
O fascínio do poder cegou-vos. No frenesim da batucada, bem comidos, bebidos e transportados – blindados contra qualquer aumento de preços – vocês esqueceram o aviso popular: “saco vazio não fica de pé”.
Não percam tempo na procura de bodes expiatórios. O povo que saiu á rua no 5 de Fevereiro faz parte dos concidadãos sem “porta-voz” – não caiam na tentação de lhes usurpar também o direito à indignação.
Sugiro que procures nos escaparates do Partido uma brochura datada de Janeiro de 1987,quando militavas nos bancos do secundário,intitulada: “Construamos o Futuro com as nossas próprias mãos – reabilitação económica tarefa de todo o povo”.
Nela encontrarás o diagnóstico da situação política, social e económica de 1974 a 1986, as políticas implementadas, as causas dos falhanços e os objectivos do PRE. Na página 31, com a epígrafe “Conclusão” podes ler …., como se duma reunião de hoje se tratasse, não obstante terem passado 21 anos :
“A melhoria do nível de vida do nosso Povo não pode depender de donativos, subsídios e empréstimos. Temos que produzir mais do que consumimos. A manter-se a situação actual, avançamos a grande velocidade para uma situação ruinosa que tem de ser evitada.”
“A aplicação das medidas do PRE pressupõe que todos nos engajemos com coragem, determinação, consciência, vontade e confiança de vencer”
“Lutemos, pois, sem tréguas e com todas as nossas energias, pela eficiência, pela poupança e austeridade, pela disciplina, pela qualificação e brio profissional”.
“Lutemos contra a candonga e a especulação, reprimindo os especuladores e candongueiros, mas, principalmente, aumentando a produção e produtividade, controlando a comercialização, o armazenamento, o escoamento e a distribuição dos produtos. Combatamos, sem tréguas, os desvios e os roubos.”
Provavelmente, os indignados do 5 de Fevereiro, sem “porta-voz” vivem na expectativa que entre os que têm voz haja um punhado de indignados com influência para moralizar a sociedade. Porém, no grupo dos com voz parece haver mais acomodação do que indignação.
Edson,
Limpem a cera dos ouvidos, para melhor ouvirem a voz dos mais frágeis, olhem para dentro… encontrarão seguramente muito lixo para varrer.
> Entendam que a desigualdade social, quando tão “despudorada” como a que têm vindo a promover – gera perigosas tensões.
Um abraço,
FM