Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
30 janeiro 2008
Suspeita de tráfico: interceptado no Inchope camião com 40 crianças vindas de Nampula
13 comentários:
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Ilustre parece que temos que andar todos muito atentos, o cidadão Hamade que escapou de uma morte certafora achado quando saia de uma dessas casas que exibem filmes e foi vendado os olhos. Quando deu por si, segundo relatos, estava no tal acampamento que abordo no meu POLITICANDO.
ResponderEliminarA LDH está averiguando estes casos que atentam contra os DH.
Um abraço,
Ivone
Este caso das crianças é preocupante.
ResponderEliminarHoje, precisamente, falei do tráfico de crianças no meu blogue.
ResponderEliminarLeia este artigo:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=316207
Sim, Helena, obrigado, deixei postagem alusiva no seu blogue!Estudeo o tema aqui no país. Índico abraço!
ResponderEliminarTambém não me parece razoavel que pais autorizem filhos com idades menores para virem a Maputo frequentar cursos de liderança relegiosa em instituição não identificada (Pelo menos é o que as noticias dão a entender)
ResponderEliminarAcho que é momento para se questionar para onde vão as crinças quem são os mandantes destes crimes barbaros.
Tenho sede da pena de morte.
Maxango
Creio que seria importante referir que essas crianças, ao que tudo indica, não estavam a ser transportadas para a escravatura ou para a extração de órgãos humanos.
ResponderEliminarSegundo o Semanário SAVANA de hoje, esses petizes estavam a ser levados para escolas de estudos coránicos, uma das quis dirigida pelo conhecido teólogo islámico Sheik Aminudin.
Obed L. Khan
acho eu que as crianças foram autorizadas pelos seus pais para viajarem. acho também que o fizeram na esperança de que vinhamm à maputo (e tete) para frequentar um curso de estudos islâmicos. esta é uma situação normal. se fordes às escolas islâmicas em maputo [com excepção da comunidade mahomentana (sic)] hão-de ver de certeza que grande parte das crianças são do norte. penso que a razão pela qual os pais autorizam aos seus filhos se prende com a pobreza (vou acrescentar pobreza espiritual). veem nas escolas islâmicas um meio para se verem livres de certas despesas.
ResponderEliminartenho um problema com a modalidade de se ir buscar crianças nas províncias nortenhas. primeiro, quero referir-me ao facto de que essas escolas só podem existir se tiverem petizes a estudar (é que os doadores querem ter provas de que se está a ensinar alguma coisa). o meu grande problema se prende com o facto de que esses meninos não estudam outra coisa senão o alcorão e hadices. não têm outro tipo de educação, o que acaba contribuindo no baixo nível de instrução do líderes religiosos islâmicos.
ps: as condições em que as crianças viajavam (por mais nobre seja a intenção de ensinar as crianças) são desumanas.
Creio que seria igualmente importante referir que essas crianças não "ao que tudo indica" mas de facto, estavam sendo transportados em camião oque me deixa sem dificuldades de imaginar em que condições estavam viajando.
ResponderEliminarEstarem a "ser levados para escolas de estudos alcorânico" não justifica serem amontoados num camião como se de sacos se tratasse.Podiam estar a ser levada para a lua, para o paraíso, ou sei lá onde mas com o mínimo de dignidade reservado à seres humanos e menores em particular.
Conheço(no mais vasto senti do da palavra) e respeito o Sheik Aminudin. Leio assiduamente o seu "Almadina" no Zambeze e pelo quadro que lhe pintei apartir do que escreve, não lhe vejo advogando tratamentos como a que esses menores foram submetidos usando como "escudo" escolas de estudos alcorânico. Que os garotos fossem colocados em autocarros.
Embora se acredite que tenha havido consentimento dos pais, no entanto sabemos nós que o consentimento das próprias crianças não houve. Ninguém deve ter pedido a opinião deles , ninguém quis saber se queriam seguir estudos alcorânico ou jornalismo. Ninguém lhes deu opção. Talvés eu esteja até a misturar as coisas mas no islão é muitas vezes assim.
Tem razão no que concerne ao transporte de crianças como se gado fosse. Saiba, entretanto, que o Sheik Aminudin afirmou não ter conhecimento do caso.
ResponderEliminarEscolas biblicas, madrassas e de outras vocacoes existem aos milhares neste vasto Moçambique. Creio eu que esta a haver uma intençao deliberada para atingir certas pessoas e/ou religioes. Ate agora nao veio ninguem dizer que as 40 criancas foram tiradas da escola para cursarem estudos religiosos. O governo nao pode deixar de fora milhares de criancas no seu sistema nacional de educacao e depois querer criticar aqueles que de uma ou de outra forma encaminham essas criancas para algum rumo. He demasiado populista a atitude do governo que nunca se preocupou com a sorte das criancas que nao conseguem lugar nas escolas publicas e de repente tem onde acomodar de uma so vez, 40 criancas, consegue-lhes dar refeicoes abastadas e ainda compra roupa... ha, ja me essquecia (o povo tem memoria curta) estamos a caminho de eleicoes...
ResponderEliminarTambém gostamos de emergências. Se de repente Moçambique se transformasse num foco de trâfico de crianças era, realmente, um paraiso para alguns: ONG's iam obter facilmente financiamentos externos para lutar contra o mal, tínhamos matéria fácil para artigos e discursos inflamados. Que sei eu?
ResponderEliminarDeve ter sido uma desilusão saber que as crianças não estavam para ser vendidas ou subtraidos alguns dos seus órgãos
O fenómeno do tráfico de crianças ou de seres humanos, a acontecer, confirmaria, também, alguns "estudos" de ONGs e outras entidades
ResponderEliminarcaro zacarias,
ResponderEliminarnão desvie o debate. o debate não é sobre o que fazer das crianças que ficam fora do sistema, mas sim sobre as condições desumanas em que viajavam. eu próprio sou muçulmano, mas de forma alguma posso tolerar tais actos. é que não podemos sempre recorrermo-nos ao argumento de que a culpa é dos outros quando a culpa é nossa. já viu qual é o nível de organização das escolas islâmicas? como é que os ilustres maulanas aceitam a vinda dessas crianças sem antes saberem das condições de transporte? (não é a primeira vez que isso acontece e como o próprio sheikh aminuddin confirmou já teve que socorrer o tipo que vinha com as crianças antes). porquê é que se insiste em não oferecerem ensino secular até à 12ª classe aos petizes? já viu a qualidade de teológos islâmicos que temos; muitos sem capacidade sequer de análise? o que se pretende é que as coias sejam feitas de forma organizada. penso eu que dos três colégios islâmicos em maputo [ colégio hamza (aminuddin Muhammad), colégio anáss bin malik (maulana nazir lunat) e colégio da catembe (faizal sidat)], apenas o do nazir é que está melhor organizado. mas digo mais: porquê tenho suspeitas que de alguma forma a forma como as crianças eram transportadas é apenas uma amostra daquilo que porventura passam nos colégios?