Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
22 janeiro 2008
Meta do ME: 6000 salas de aula por ano
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Quais os critérios para fixar 6.000 salas de aulas anuais? Quais as bases?
ResponderEliminarsara! as tuas perguntas sao pertinentes, mas acho que o ministro deve ter os seus calculos, mas recordo que houve aqui neste diario um debate acesso sobre os objectivos do milenio em relacao ao sector da educacao, alguns comentadores achavam que as metas eram uma "miragem". foi um debate importante, mas continuo achando que as coisas vao para alem das metas. o que mais intriga sao as metas politicas que sobrepoem-se sobre as metas tecnicas, do sector de planificacao na educacao. existe aqui um desafio enorme na educacao, no sector da planificacao e coordenacao de politicas. o ministro esta num ministerio "quente", onde as pressoes internas e externas, obrigam-no a fazer declaracoes pouco conclusivas e cheias de boa vontade. o processo de producao do parpa, aumentou mais ainda o apego a declaracoes conclusivas, sem questionar as capacidades e respostas sectoriais.
ResponderEliminareste artigo revela questoes problematicas, que tem a ver com a capacidade tecnica do ministerio e algumas "coisas" bem mais estruturais de absorcao e gestao de fundos externos e publicos de que mocambique "padece" ja faz muito tempo. o que chamou-me atencao sao os 12 mil dolares por sala de aula, muito dinheiro para comunidades locais, tendo em conta a qualidade das salas de aulas ate aqui construidas em algumas comunidades. entao : o sistema de gestao desses recursos aqui anunciados sao elevados e sem sistema de apoio tecnico que assista os sectores provinciais e distritais da educacao na sua absorcao ou o ministerio negocie novos criterios para o fnanciamento a infra-estruturas educacionais onde implicaria a criacao de fundo de 72 milhoes USD para a educacao onde podem concorrer a este fundo qualquer comunidade ou escola, ONG, direccao distrital de educacao, organizacoes religiosas, com objectivo de construcao, ampliacao, modernizacao, expansao de salas de aulas. as provincias com maior crescimento de populacao estudantil podiam ter disponivel uma maior fatia do fundo.
imagino que alguns vao dizer que a educacao faz parte de um sector publico onde so o governo/estado deve meter-se e arcar com toda a responsabilidade.concordo, se for um estado com capacidade tecnica e financeira para tal. nao o nosso caso. este ministerio nao pode pensar que vai resolver todos os problemas da educacao sozinho e com os parceiros internacionais.
o processo de matriculas escolares, neste ano e outros passados, revela o caminho que este ministerio tem que desbravar para melhor entendimento tecnico e politico do sector da educacao. e nao podemos todos anos tratar do processo de matriculas como uma questao de "milagres".
E' com agrado que vejo tao ambicioso plano do MINED. Conforme tenho dito, a baixa escolaridade do povo mocambicano deve-se, sobretudo, a falta de escolas junto a populacao. Penso q o problema de professores tem vindo a ser colmatado paulatinamente pelos graduados dos varios IMAP's, mas e' preciso melhorar os curriculos escolares e acabar com essas passagens obrigatorias! Afinal, qual e' o objectivo da escola? E' aumentar as estatisticas dos "escolarizados" ou formar individuos capazes de produzirem algo para si e para o pais? E' escola serve para moldar a mente e preparar o estudante para as batalhas dificeis da vida. Um estudante q sabe q sera forcado a passar pelo "conselho de notas" nao se preocupa nem tao pouco!! A minha experiencia de ensino nalgumas instituicoes de ensino superior mostrou-me claramente que a situacao esta pessima e tende a piorar de ano para ano! Estudantes universitarios andam desprovidos dos conceitos mais elementares, seja la do que for!
ResponderEliminarNesta noticia, ainda nao percebi de que "capacidade tecnica" o ministro se refere, para q nao se atinja o plano de construcao! O MINED dispoe do GEPE (gabinete de estudo de projectos de educacao) com delegacoes inclusive nas 3 regioes e todas as provincias tem Direccoes de obras publicas e habitacao! Porque e' q os concursos nao sao lancados por essas instituicoes (principalmente as DPOPH) que estao vocacionadas para o efeito? Se o volume de trabalho e' enorme, pq nao envolver empresas nacionais de consultoria para fiscalizarem as obras? Se o MINED quiser fazer tudo sozinho, podem ter a certeza q dificilmente ultrapassarao 50% do planificado.
Bem, importantes contribuições. E o que teria a dizer sobre tudo isso a prof.ª Fátima Ribeiro, por exemplo?
ResponderEliminar