Comentários: 1) quero acreditar que a procissão vai ainda no adro no tocante à penetração rural e ao impacto do grande Capital latifundiário; 2) é notável verificar como num distrito rural distante de Maputo surge uma tão espantosa concentração de forças policiais e de segurança do Estado; 3) faz muito que não se via na imprensa local uma descrição que fosse para além da fotografia superficial dos conflitos e aflorasse claramente o que está em jogo: camponeses associados frente ao grande Capital latifundiário; 4) fiz uso no título de uma palavra extraída de uma outra de Mussa Raja: capitalocracia.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
30 janeiro 2008
Camponeses espancados na Manhiça por protestarem contra capitalocracia rural
Comentários: 1) quero acreditar que a procissão vai ainda no adro no tocante à penetração rural e ao impacto do grande Capital latifundiário; 2) é notável verificar como num distrito rural distante de Maputo surge uma tão espantosa concentração de forças policiais e de segurança do Estado; 3) faz muito que não se via na imprensa local uma descrição que fosse para além da fotografia superficial dos conflitos e aflorasse claramente o que está em jogo: camponeses associados frente ao grande Capital latifundiário; 4) fiz uso no título de uma palavra extraída de uma outra de Mussa Raja: capitalocracia.
6 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Será que palavras como justiça social, bom senso, diálogo deixaram de ter sentido?
ResponderEliminarBASTA!
É lamentável que os trabalhadores sofram tal tipo de constrangimento. Infelizmente o mesmo ocorre também no Brasil.
ResponderEliminarO repórter que foi além da fotografia-e-nada-mais está de parabéns.
A coberto do controle da criminalidade, do tráfico de droga, do terrorismo, assiste-se, hoje, um pouco por todo o lado, ao aumento da repressão!
ResponderEliminarEm última instância, o que se pretende é aterrorizar a população trabalhadora e abortar qualquer iniciativa de luta.
Retiro duma postagem minha, este excerto:
Os trabalhadores descontentes, mal remunerados, explorados, não têm outro caminho que não seja exigir mudanças.
O livre arbítrio dos empresários só poderá ser combatido por um movimento sindical forte.
As funções do Estado, mais ou menos comprometido com o poder económico, é o de exercer uma acção fiscalizadora, mais ou menos séria.
Mas a defesa permanente e sem tréguas tem que ser assegurada pelos próprios trabalhadores.
Se nada se fizer, é melhor esperar sentado.
Sim professor Carlos Serra, este e um problema as vezes que remonta na forma como os politicos encaram o povo, agora o caso Kenya, e com essa reportagem de Manhica, Mocambique leva a crer o quao a policia que as vezes esquece que e esquecido pelo governo a analisar a dinamica da liberdade de expressao e a democracia. E muito triste, tambem ha que repensar na politica de terras em Mocambique em que agora este assunto esta meio enterrado.
ResponderEliminarHá quem amaria que silenciássemos problemas como este. Mas aqui, neste diário, jamais haverá silêncio sobre isso ou eclipses docemente epistemológicos.
ResponderEliminarMais aqui (inexplicavelmente em castelhano)
ResponderEliminarhttp://www.viacampesina.org/main_sp/index.php?option=com_content&task=view&id=441&Itemid=34