Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
09 dezembro 2007
Mortos e feridos na tentativa de libertação de um curandeiro
8 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Estórias da nossa terra!
ResponderEliminarProf., ainda sobre o ranking do BCI, poderia me enviar o download dos critérios de classificação dos bancos. Não consigo baixar...
esalvchimbu@hotmail.com
Obrigado!
Professor, gostaria de discutir a hipótese de curto-circuito, colocando uma outra hipótese. Vastas regiões do nosso país, do norte a sul, nunca tiveram um estado formal, no entendimento moderno da palavra. Inclusivamente os portugueses não cnseguiram extender o Estado a todas as regiões de Moçambique.
ResponderEliminarOs régulos, os curandeiros, algumas seitas "espiritistas" e outros entes funcionaram sempre, lá nesses locais, como os principais intermediários na harmonização de conflitos.
A tentativa de extender o Estado moderno para esses lugares, mais ainda sem a musculatura adequada em termos de recursos a vários níveis, há-de necessariamente provocar diferentes tipos de resistências.
Afinal, os tais agentes do "Estado Modernos" que se pretende ampliar são exógenos a muitas dessas comunidades. E têm um grande potencial de provocar desequlíbrios de poder em instituições que o exerceram durante séculos.
Muitos fenómenos que estamos a testemunhar, hoje, resultam desse esforço de extender o Estado a entidades sociais e políticas que nunca o conheceram e, sobretudo, nunca precisaram dele.
Aliás, o que é que, de novidade, para além da desputa do poder aí estabelecido, o tal Estado leva àquelas comunidades?
Obed L. Khan
O maior problema, penso de que, e quando o Estado presta maus servicos e nao considera o poder anterior existente, ou ainda presta servicos que vao contra os interesses locais.
ResponderEliminarEugénio: o download é como lhe expliquei há dias em comentário. Tentarei, no entanto, regressar, à postagem e ver o que se pode fazer.
ResponderEliminarObede: creio que é excelente a sua hipótese, algo como recuperar Pierre Clastres. Em tempo devido darei conta de um trabalho que se fará no próximo ano tendo como uma das referências os linchamentos por acusação de feitiçaria.
ResponderEliminarObed, colocas uma boa questão e um problema que Eduardo Mondlane conhecia bem e se calhar alguns dos nossos nacionalistas com uma boa informacão, basta ler o lutar por Mocambique.
ResponderEliminarAgora o que temos que reflectir é sobre os entraves à constituicão e ao funcionamento de um "estado moderno".
Ora, a ideia dos grupos dinamizadores era "excelente" se não se tivesse partidarizado/comunizado, isto é se se definisse como um órgão do estado. Os régulos podiam ter livremente continuado a existir como uma estrutura tradicional. Aliás, alguns ou muitos dos régulos actuais não são enquadrados numa estruturada propriamente tradicional, mas por uma concepcão colonial.
A outra falha surge pela recuperacão desta estrutura tradicional, mas com um intuíto de aproveitamento político. A Renamo aproveitou-se dela e a Frelimo pretendeu/pretende aproveitar-se desta. Como partidos, não acho nada de mal, mas quando se é governo há que se ser consequente. Portanto, na minha opinião, devia haver uma separacão clara entre a estrutura tradicional e a do Estado.
Aguardo, ansiosa, os resultados desse trabalho que a UDS fará em 2008. Força,
ResponderEliminarIvone
Creio que comeca a surgir um "problema" nestas noticias...
ResponderEliminarQnd lemos POLICIA foi atacada ou algo parecido vemos isso de imediato isso como um crime ou algo impensável...Mas para quem conhece o minimo da nossa realidade sabe que a maioria dos policias deste país infelizmente de policia nao tem nada para alem da farda e akm...
Todos os desmandos causados pelos mesmos e todos os abusos geralmente ficam sem resposta. Nao sera o caso da populacao se ter cansado ?
Quantos casos de policias embriagados já se reportou que em plenas barracas usam a sua arma para causa disturbios?qnts casos de abuso de poder...
Nao sei, é só uma hipotese, mas para mim a palavra Policia já nao me desperta o respeito necessário que me leve a considerar automaticamente que atacar a policia esteja completamente errado, penso que precisavamos de mais informacao sobre o caso para tal...
Isso mesmo sendo contra a violencia, ainda por cima numa guerra desigual, enxadas Vs AKM... Só podia dar nisso, derrota dos "enxadeiros". Mas que mudancas acontecem sem mártires? Ou às tantas foi tudo sem sentido nenhum...
Pensem Nisso
Tsin