Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
28 dezembro 2007
Intervenção social
11 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Obrigado pela referência. Pelo blog passaram mais de duas dezenas de visitantes.Optaram pelo silêncio
ResponderEliminarPara a próxima será diferente!
Abraço
Abraço!
ResponderEliminarEu não conheco Agry. Nao sei se ele (ela) é branco(a) ou negro(a). Nem sei se é homem ou mulher. Porque seria racismo, ou descriminação contra o género se eu comparasse seus escritos com os de Rosa Luxemburgo (uma esquerdista desta vez)? O melhor não seria que ela (ele) próprio(a) tentasse demonstrar em que é que o que ela escreve é diferente do que escreveu aquela celebre comunista? Ou ela(e) ou os seus seguidores.
ResponderEliminarNão teria como entende-la se, ao invés disso, ela(e) ou outras pessoas viessem argumentar com base na estratégia de vitimização, do género de que eu estaria a promover a descriminação do género. Independentemente da raça de Carlos Serra (que para o caso é irrelevante), tenho todo o direito de achar que a maneira como ele representa os seus conterrâneos de Tete é, no mínimo, incorrecta. Carlos Serra apresenta aquelas pessoas a balbuciarem num português deplorável os seus sentimentos, o seu amor, os seus desejos. Depois, invariavelmente, Carlos Serra aparece a racionalizar aquele linguajar primário e básico. A imagem que ele transmite daqueles Tetenses não lhes é abonatória. E se ele tivesse dito que aquela era a maneira de falar das pessoas da minha província natal talvez a minha indignação fosse maior.
Muitos intelectuais costumam fazer este tipo de representações do nosso povo. Independentemente da raça desses intelectuais. Apresentam o povo simples como bronco, apenas capaz de pronunciar, num linguajar primário, sentimentos e factos básicos.
Para quem conhece Moçambique há-de saber que aquelas representações são, no mínimo, falsas. Os moçambicanos têm uma expressividade rica e as suas linguas, do norte a sul, permitem-lhes expressar seus sentimntos, seus desejos, seus amores… com beleza e com muita sabedoria. Mesmo os conterrâneos de Carlos Serra têm a lingua Nhungwe, a lingua Sena, a lingua Nyanja, todas elas bastante ricas e com vocabulário propenso à poesia e à sabedoria. Colocar os camponeses do vale do Zambeze (que eu conheco bem) a se expressarem daquele modo bronco não é diferente do que Parafuso fazia. Chamem a isto racismo ou não.
Gabriel Matsinhe
Voce camarada capitalista Matsinhe é muito manhoso. Nos tempos la nas bases da luta sempre aparecia um xico como o camarada falando que aquele é do norte, este do sul, aquele branco, aquele indiano. Perdemos muitos camaradas por causa de xicos como voce. Voce e outros camarada capitalista so estavam esperando os tempos para construirem os vossos novos campo de escravos como aquele que vc e outros montaram na provincia de Maputo com escravos que vc foi buscar nos nhungwes de Tete, a Goldem roses. Voces sao os substitutos dos portugueses. Voces camarada Matsinhe ja pagou os vencimentos desses desgracados? Vamos la falar camarada.\
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Apercebi-me, há momentos, da postagem sugerindo que eu me desracialize, será isto?
ResponderEliminarRecorda-se , certamente daquelas fichas humilhantes que no passado colonial todos tinham que preencher e onde era exigido que se assinalásse sexo, a raça, a cor dos olhos, etc, etc.
Satisfaço um pouco da sua curiosidade sem, no entanto, recorrer à figura jurídica que dá pelo nome de providência cautelar. Bem, estou a fazer algum esforço por gracejar porque, sinceramente, não acho interessante, nem relevante, a definição prévia das características físicas dos nossos interlocutores.
Sou do sexo masculino e incolor.
Quanto ao resto, reservo-me para outra oportunidade. Tive oportunidade de consigo
trocar, ontem, alguns comentários e devo confessar, que fiquei agradavelmente
surpreendido com a sua postura. Por isso, não me parece sensato reagir, a quente, ao seu comentário de hoje..
Entao camarada capitalista Matsinge da Goldem Roses, voce foi para la agora? Qual a cor dos camaradas nhungwes lá?
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Eu sou brasileira, não conheço Moçambique ainda e acompanho o trabalho do prof. Carlos Serra através de seus blogs, inclusive os poéticos. Quanto aos textos de “João e Maria”, creio que em nenhum momento foi ali sugerido que a população simples de Moçambique padece de pobreza vocabular, incapacidade de se expressar ou coisa do tipo. Não é preciso ser um erudito para perceber que o prof. fez ali o que grandes escritores brasileiros já fizeram, a exemplo de Guimarães Rosa em sua obra emblemática “Grande Sertão: Veredas”, uma das mais belas e importantes obras literárias em língua portuguesa, na qual a linguagem utilizada pelo autor – o linguajar inventado de jagunços sertanejos - é que cria a realidade que se quer apresentar. No caso de “João e Maria” dá-se o mesmo. Acresce que é sabido de todos que o professor Serra é um criador e multiplicador de neologismos, inclusive em sua sociologia. Também em outras criações poéticas suas é dado a inventar uma maneira própria de se expressar em língua portuguesa. Acaso é esse algum tipo de ofensa ou desrespeito ao idioma e a toda população falante do português? Creio que não. A literatura tem suas formas particulares de retratar a realidade, de reconstruí-la, inventá-la e até desfazê-la totalmente, ao que chamamos também de “licença poética”. Portanto, não se trata, em absoluto, de racismo ou achincalhamento e este tipo de acusação soa insultante e baixa, sobretudo por surgir num debate onde resta claro que não há mais argumentos contra o que se pretende atacar.
ResponderEliminarEntao camarada Matsinhe favor dizer nos uma coisa: voce tambem tem socios chineses p[ara explorar madeira la na Moamba? VCamos la falar camarada.
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Caro Agry, nao era um convite para apresentar a sua ficha racial e de genero. Era tao somente para indicar que, mesmo desconhecendo essa sua ficha, se encontrasse seu escritos semelhantes aos de um esquerdista ou um direitista nao me inibiria de o referir com medo de ser catalogado de racista ou outras formas de descriminacao.
ResponderEliminarSe for a ver, na tal postagem que serviu de base das acuscoes vitimizadoras de racismo, o que se diz ee que os textos em questao de Carlos Serra sao inapropriados e sao tao desqualificdores como os de Parafuso. Isto sem embargo d categoria racial de Carlos Serra que, para o caso, ee irrelevante.
Nao sou racista. Ee por isso que me indigno com aqulas representacoes que usualmente se fazem do mocambicanos.
Agry, va lar os textos. Tenho a certeza de que ficaraa indignado.
Apenas uma ultima coisa. Discordo muitas vezes de Agry. Mas tenho para mim a impressao de que voce ee das pessoas com quem ee possivel debater. E foi um grande prazer "conhece-lo" nete espaco de Carlos Serra.
Boas Festas
Para a brasileira. Dizer apenas que o seu discurso tambem desculpabiliza Parafuso. Podemos concluir, com base no que diz, que ele tambem era um grande criador.
ResponderEliminarInsisto. Aquelas pessoas sao diferentes dos seus Sertaneos. Nao sao falantes de Portugues. Eles pssuem as suas proprias linguas nas quais se expresam muito bem.
Gabriel Matsinhe
Entao camarada capitalista Matsinhe esqueceu as minhas perguntas?
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