Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
14 novembro 2007
Corrida ao primeiro álbum de azagaia
8 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Isto ainda vai dar uma maka!! Eu so to aki com pau prontinho pra ajudar.
ResponderEliminarQue bom, meus amigos! Isto é que é mostrar o que o Povo pensa. Analisem!
ResponderEliminarMSR
tenho informacoes fidedignas que no lancamento venderam-se perto de 700 copias do album...e ja esta disponivel na bang´s fashion...acho que isto prova que nao so os mocambicanos compram musica mocambicana de qualidade mas tambem que hiphop de qualidade tem mercado, que vai contra os discursos de muitos. forca aza
ResponderEliminarDigam-me uma coisa: qual a razão ou quais as razões de tão grande afluência ao lançamento do álbum e da compra de tantos cds?
ResponderEliminarSim, a referência vem no blogue do cotonetmoz. E as fotos mostram muita gente jovem.
ResponderEliminarJulgo que a mensagem que Azagaia nos trouxe estava engasgada na garganta de muitos. Daí o sucesso. É um palpite!
ResponderEliminarAbraços
Penso que as pessoas se revêm em muito do que ele diz e canta. Tenho reparado que, se o povo sempre teve a tendência e tentação de criticar e falar mal de quem os governa, desde o incidente do paiól em particular sentiu-se uma maior unanimidade na crítica a este governo, a que acresceu aquela fase bastante feia dos assassinatos quase semanais a polícia (e entre polícias) e dos assaltos quase diários a bancos e estabelecimentos comerciais etc.
ResponderEliminarHavendo esta maior unanimidade crítica com relação ao governo de Guebuza, e surgindo quem tenha a coragem de publicamente assumir essas críticas (in casu o Azagaia), natural que as pessoas vão atrás.
Já diz o ditado que a ocasião faz o ladrão. Aplicando este provérbio por analogia a este caso, pode-se dizer que o Azagaia soube tirar partido da conjuntura actual da sociedade moçambicana e lançar-se num momento em que as pessoas precisavam exactamente de alguém que assumisse esta postura.
Faz-me lembrar o Gabriel O Pensador quando surgiu no Brasil a fazer forte crítica social e o forte impacto que teve, e que coincidiu precisamente com aquele escandâlo todo do Fernando Collor de Melo. Daí a famosa música "matei o presidente", e faz-me lembrar aqui em Portugal os Black company quando lançaram a música "Não sabe nadar", que coincidiu com a polémica à volta da construção de uma barragem que, se fosse avante, inundaria as gravuras rupestres do Parque de Foz Côa.
Daí ter ficado famosa a frase "as gravuras não sabem nadar".
Enfim... analogicamente aplicando o provérbio, o ladrão Azagaia aproveitou a ocasião.
Paulo Ferreira
Porque este país precisa sempre de novas profecias ou profetas, para acalentar o espirito. Veja-se como prolifera o negócio da fé. É o país das crenças, das profecias e dos profetas. A sociedade se produz e reproduz através del[es]as. Para o caso em apreço, fico sem saber se é o perfil ousado do Azagaia ou que ele canta, que provoca todo este alvoroço; se é o criador ou a obra, que encanta as pessoas. O Azagaia ou o que ele canta, é a nova[o] profe[ta]cia que vem substituir outr[o]as já em crise. A título de exemplo, “o deixa andar”, “combate a pobreza absoluta”, “combate a corrupção”, ou o o Jeremias Ngwenha, Gpro Fam,... Esta nossa maldita mania de querermos falar sempre através dos outros; de usarmos os outros como os mensageiros das nossas angústias; de acreditar que os outros é que farão o nosso trabalho; que cumprirão com o nosso dever. No mundo da mudez, quem entende a lingua dos mudos, vira martir. Todavia, não pretendo com esta observação retirar o mérito ao AZAGAIA.
ResponderEliminarJJM