Outros elos pessoais

20 outubro 2007

Severa crítica à gestão política de Moçambique

"Comem sozinhos e limpam as bocas
Esta gente até nos ajuda a chorar" (Jeremias Ngwenha)
Através de uma carta, um leitor do "Notícias" de hoje* fez uma severa crítica à gestão política do país, invocando o falecido cantor Jeremias Ngwenha. Dou-vos apenas um extracto, o resto podereis ler no elo mais abaixo:
"Moçambique, país dos mais pobres do mundo, não sabe gerir a sua pobreza. Exibe uma escolta de luxo para o Chefe do Estado, a Primeira-Ministra, os presidentes da Assembleia da República (AR), do Tribunal Supremo, do Tribunal Administrativo, do Procurador-Geral da República (PGR), etc., etc. Ninguém se dignou sentar-se para calcular o custo que o erário público paga para escoltar os seus ilustres dignitários, que dizem estar a combater a pobreza absoluta. Em Moçambique, um Chefe de Estado na reforma tem direito a uma casa do Estado, isto é, o Estado garante-lhe uma casa na sua vida privada de reforma. Nyerere não teve. Mandela não tem." (*a carta do leitor não está assinada na versão online, mas creio tratar-se de Gabriel Simbine, irmão de Graça Simbine Machel, viúva de Samora Machel e esposa de Nelson Mandela). Adenda às 11 horas: a versão escrita do "Notícias" confirma que o autor é, de facto, Gabriel Simbine.

6 comentários:

  1. There are three kinds of women:

    the pretty ones

    the ugly ones

    and the blondes...

    New literary blog.

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  2. "Quando se tem uma certa moral de combate e poder, é preciso muito pouco para se deixar levar e passar ao excesso"
    Duras, Marguerite

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  3. contextualize-mo-nos! é preciso ver que a criminalidade aumentou em Moçambique, dai que o governo gaste mais no seu sistema de segurança o carro de JN, na época era um luxo sim senhor...

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  4. Em Abril de 1974 estive em Dar es Salaam e posso comprovar o que o autor da carta escreveu sobre a forma como Julius Nyerere vivia: casa simples, pintada de um branco muito vivo.

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  5. Simbine vai ser considerado "reaccionário", incapaz de compreender o som do tempo que passa (o outro tempo já passou e...vamos esquecer).

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  6. Controlar os preços praticados pelos comerciantes? É isso que queremos? Preço do tomate marcado pelo governo? Cheira-me a saudosismo em relação ao Estadio papá! Aquele Estado omnipresente que nos nossos discursos não nos cansamos de atacar.

    Obed L. Khan

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