Outros elos pessoais

26 outubro 2007

Apenas 8% de eleitores recenseados em Nampula

Um mês após o início do recenseamento de raiz em Nampula, o maior círculo eleitoral do país, apenas foram recenseados 8% dos potenciais eleitores nas eleições provinciais, marcadas para 16 de Janeiro de 2008, mas agora adiadas para data indeterminada. A meta era e é a de recensear cerca de um milhão e meio de eleitores. Computadores continuam avariados e, como se isso não bastasse, foram programados para operar apenas durante um mês, quando afinal é para mais tempo do que esse. Espera-se agora que os computadores sejam reprogramados no dia 22 (Rádio Moçambique, noticiário às 20 horas).
Continuo a interrogar-me sobre como todo este kafkeano processo foi iniciado e, especialmente, como se explica o finca-pé que os dirigentes eleitorais continuam a fazer sobre o cumprimento da meta de execução do recenseamento.

5 comentários:

  1. O plano maquiavélico foi montado de tal sorte que os funcionários públicos das zonas de influência da RENAMO foram os privilegiados para se recensearem apresentando senhas entregues à saca rolhas, em detrimento da grande maioria da população(caso ocorrido na Beira em que o Presidente da CNE teve que intervir e o vogal que havia denunciado o facto foi chamado de fofoqueiro pelo Presidente da CPE-Sofala).
    Afinal este é um recenseamento eleitoral de raíz para os moçambicanos, ou é um censo dos quadros frelimistas com direito a voto? Alguém pode explicar-me?
    Porquê temer eleições justas, livres e transparentes? Afinal não é a Frelimo um partido com representatividade a nível nacional? Se têm certeza que têm ganho, então porque não jogar as claras? A Frelimo é una? Ou está fragmentada e a maioria quer mudanças? Eu conheço pessoas da Frelimo que não vão com a cara da actual Frelimo. Rebelem-se! Não há democracia interna?
    Estou mesmo a perguntar para perceber. Alguém pode dignar-se responder?

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  2. No "Esta semana acontece" da Rádio Moçambique às 20.30, Moisés Mabunda disse que a Frelimo nada tem a perder pois soube pegar num leme que a Renamo desdenhou: o de lançar previamente um movimento nacional destinado a adiar as eleições. Por sua vez, analisando a posição do presidente da Renamo,no sentido de exigir que Armando Guebuza negocei com ele, Francisco Alar afirmou que isso é o pensamento típico dos ditadores, que não sabem distribuir o poder por outros membros do grupo político. Julgo não ter traído os dois comentaristas da Rádio Moçambique. Como interpretar estas posições?

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  3. Boa questão!
    Irei reflectir.
    Ivone Soares

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  4. Eu disse aki uma vez que a Renamo estava a errar em insistir em eleicoes sem ambiente propicio.

    Por outras palavras, a Renamo nunca soube agir kuando devia agir e age kuando ja nao deve.

    E essa falta de visao dos acontecimentos, falta de analise e de sentido de oportunismo eki irrita todos aqueles que gostariam de ter uma opisicao mais energica.

    Lima

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  5. Ilustre Lima!
    Avance sugestões, por favor. Somos todos ouvidos!!!
    Dr. acabo de pousar, far-me-ei viva em breve.
    Ivone Soares

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