Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
13 setembro 2007
Quantas línguas tem Moçambique?
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Quem sabe onde começa e acaba uma l
ResponderEliminarQuem sabe onde começa e acaba uma língua?
ResponderEliminarVem tarde a minha resposta, e vai ser muito breve, mas mais vale tarde do que nunca, não é verdade?
ResponderEliminarA Sara tem toda a razão na grande questão que coloca, mas, mesmo assim, é imprescindível que se chegue a algum consenso para que se possam definir políticas de língua.
Penso que muito estudo há a fazer para se chegar a uma conclusão mais acertada, mas, por enquanto, seria prudente - porque resultado da que me parece ter sido a mais séria discussão entre várias importantes partes que lidam com a questão - considerarem-se as 20 línguas definidas no I Seminário sobre a Padronização da Ortografia de Línguas Moçambicanas, cujo relatório foi publicado em edição conjunta INDE-UEM/NELIMO de 1989. O mapa linguístico de Moçambique ali estabelecido tem sido frequentemente reproduzido por órgãos oficiais, o que aconteceu até muito recentemente na Agenda do Professor, Edição do Ministério da Educação, com uma tiragem de 80.000 exemplares.
Fátima Ribeiro
Saúdo e agradeço ao carlos Serra!
ResponderEliminarSou brasileiro e encantado com as línguas, em particualra as indígenas e africanas. É de grande valia e sabor - saber - saborear algumas palavras nas línguas de Moçambique. Tenho pesquisado mas, ainda são muito escorregadias as fontes que encontrei na Internet.
Carlos, vou te enviar um poema de minha autoria, dedicada à doutora Yeda Pessoa de Castro, uma estupenda biblioteca/griô das línguas africanas!
Abraço,
Ademario Ribeiro
BANZO*
Para a Profa. Yeda Pessoa, que ouvia em sua São José das Itapororocas e inda ouve e conduz pelo Mundo, eternas e ternas histórias de Mama África!
Muana, muana:
Kulayllai!
“Criança (negra):
Há muito tempo atrás!”
- Lá no murundu
Vovó e vovô
Plantaram guandu
E tudo o que é raiz, fulorô!!!
Inda há verde rama
E ôlho d’água
No fundo do quintal.
Moça que me ama
Esmaga minha mágoa
No moinho do beiral!!!
...Muana, muana...
Hoje tem farofa com guandu
Munguzá, vatapá, caruru.
Hoje tem histórias de saci,
Capoeira, batucajé,
Tem moças na lundu
O que mais quiser!!!
Assim, não vamos dizer:
Kosi, kosi, kosi!
Raiz e rama vão prosseguir
Olho d’água nos valer:
- Agô! Agô! Agô!
Notas: Palavras das línguas africanas.
* In Poética Poranduba, de Ademario Ribeiro, Salvador, 2001. Edição do autor.