Outros elos pessoais

12 agosto 2007

Nem "Notícias" nem "domingo" se lembraram de Siba-Siba Macuácua


Nem o "Notícias" de sábado nem o "domingo" de hoje, jornais pró-governamentais, dedicaram uma única linha ao aniversário do assassinato de António Siba-Siba Macuácua no dia 11 de Agosto de 2001.

10 comentários:

  1. Lamentável.
    Revela o quanto enferma,dominada, partidarizada, parcial, atrasada e contaminada está ainda determinada pseudo-imprensa em Moçambique.
    Necessita urgente de boas doses de isenção e formação em principíos éticos de jornalismo para merecer alguma credibilidade. Não passam de meros amadores, principiantes, metidos a jornalistas !

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  2. Não lhes é conveniente falar do caso Siba-Siba. Mexe com a "consciência" (se é que a têm) dos "poderosos" e quiçá prováveis patrocinadores.

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  3. O que incomoda os governantes transformam em silêncio, os órgãos de comunicação por medo ou subserviência, se calam, é assim em todo o mundo
    saudações amigas

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  4. até temos alguns bons jornalistas, mas estao demasiado comprometidos com o partido no poder, embora tentem disfarçar, a coberto da ciencia...

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  5.  Provavelmente foi por falta de espaço. 25%, oito das trinta e duas páginas, foram ocupadas com publicidade de EMPRESAS PUBLICAS: 1 página para a LAM (empresa deficitária, dependente do OGE); 2 para a Mcel; 5 para a EDM, das quais 4 com o mesmo texto. Só se entende tamanha generosidade das empresas públicas como forma de subsídio ao paupérrimo jornalismo deste Semanário. Em termos comerciais, tirando o caso da Mcel, tudo o mais é uma aberração.
     No Domingo, dia 05 de Agosto, o jornal do Partido presenteou-nos com uma primeira página alusiva ao FENÓMENO MARINGUÉ a quem atribuiu uma produção de 72 mil toneladas de Algodão e 60 mil toneladas de Cereais. Um bónus de 90% sobre a produção real. Esperava ver a correcção na edição de 12/08/07. Nada!
     Hoje, como na edição passada, a coluna SOBIDESCE, pág. 31, apenas apresenta setas a subir. Entraram numa de positivismo; está tudo normal neste país. Sugiro ao Director deste Semanário que na próxima edição mande incluir o Domingo na coluna SOBIDESCE com setinha para baixo, para se penitenciarem pela desinformação, com laivos de oportunismo político com que nos intoxicaram.
     E, já agora, incluam também o mano “Notícias” que no suplemento “Economia e Negócios” de 10/08/07, pág. 3, diz : “Para o caso específico da província de Nampula, onde funcionam pouco mais de 20 fábricas de processamento de caju que empregam 200 mil trabalhadores … “ … pela leviandade com transforma 2 mil em 200 mil.
     Será apenas mediocridade?
    Florêncio

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  6. Sera leviandade mesmo? transformar 2 mil em 200 mil? Ou sera uma forma de apresentar dados estatisticos optimistas, mostrando que se criam postos de trabalho, por conseguinte diminui-se a taxa de desemprego, que o o governo nesta materia esta a trabalhar bem, os que andam sem fazer nada, diplomados ou nao, sao, apenas, ociosos?

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  7. O problema não é só a mediocridade, como mostrásteis, o problema é variado e tem muito a ver com o esvaziamento crescente da nossa capacidade (mas, tb, da nossa vontade) de ler "politicamente" as coisas. Uma análise dos discursos correntes mostra isso lapidarmente, em seus silêncios ou em seu ruído silencioso. As coisas estão bem, tudo é apresentado de forma eufórica e o único mau da fita tem a ver, claro, com a globalização, cujo rosto é, sempre, externo. Mesmo ao nível da produção bloguística insistimos muitos de nós na hermenêutica científica pura, sensata, racional. Falta ainda fazer o estudo de como produzimos os discursos (mesmo ao nível científico ou assim tido) e/ou de como somos por eles somos produzidos e reproduzidos. Há todo um mundo rizomático a investigar.

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  8. Les plus grands triomphes, en matière de propagande, ont été accomplis, non pas en faisant quelque chose, mais en s'abstenant de faire. Grande est la vérité, mais plus grand encore du point de vue pratique, est le silence au sujet de la vérité.

    Aldous Huxley
    1894-1963

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  9. Deixe-me traduzir: "Em matéria de propaganda, os maiores triunfos foram obtios não fazendo algo, mas abstendo-se de o fazer. Grande é a verdade, mas maior é ainda do ponto de vista prático o silêncio no que concerne à verdade."

    Aldous Huxley
    1894-1963

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  10. 1
    De que serve a bondade
    Se os bons são imediatamente liquidados, ou são liquidados
    Aqueles para os quais eles são bons?
    De que serve a liberdade
    Se os livres têm que viver entre os não-livres?
    De que serve a razão
    Se somente a desrazão consegue o alimento de que todos necessitam?

    2
    Em vez de serem apenas bons, esforcem-se
    Para criar um estado de coisas que torne possível a bondade
    Ou melhor: que a torne supérflua!
    Em vez de serem apenas livres, esforcem-se
    Para criar um estado de coisas que liberte a todos
    E também o amor à liberdade
    Torne supérfluo!
    Em vez de serem apenas razoáveis, esforcem-se
    Para criar um estado de coisas que torne a desrazão de um indivíduo
    Um mau negócio.

    Bertolt Brecht
    postado por Serra a 21/12/2006

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