Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
12 agosto 2007
Nem "Notícias" nem "domingo" se lembraram de Siba-Siba Macuácua
10 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Lamentável.
ResponderEliminarRevela o quanto enferma,dominada, partidarizada, parcial, atrasada e contaminada está ainda determinada pseudo-imprensa em Moçambique.
Necessita urgente de boas doses de isenção e formação em principíos éticos de jornalismo para merecer alguma credibilidade. Não passam de meros amadores, principiantes, metidos a jornalistas !
Não lhes é conveniente falar do caso Siba-Siba. Mexe com a "consciência" (se é que a têm) dos "poderosos" e quiçá prováveis patrocinadores.
ResponderEliminarO que incomoda os governantes transformam em silêncio, os órgãos de comunicação por medo ou subserviência, se calam, é assim em todo o mundo
ResponderEliminarsaudações amigas
até temos alguns bons jornalistas, mas estao demasiado comprometidos com o partido no poder, embora tentem disfarçar, a coberto da ciencia...
ResponderEliminar Provavelmente foi por falta de espaço. 25%, oito das trinta e duas páginas, foram ocupadas com publicidade de EMPRESAS PUBLICAS: 1 página para a LAM (empresa deficitária, dependente do OGE); 2 para a Mcel; 5 para a EDM, das quais 4 com o mesmo texto. Só se entende tamanha generosidade das empresas públicas como forma de subsídio ao paupérrimo jornalismo deste Semanário. Em termos comerciais, tirando o caso da Mcel, tudo o mais é uma aberração.
ResponderEliminar No Domingo, dia 05 de Agosto, o jornal do Partido presenteou-nos com uma primeira página alusiva ao FENÓMENO MARINGUÉ a quem atribuiu uma produção de 72 mil toneladas de Algodão e 60 mil toneladas de Cereais. Um bónus de 90% sobre a produção real. Esperava ver a correcção na edição de 12/08/07. Nada!
Hoje, como na edição passada, a coluna SOBIDESCE, pág. 31, apenas apresenta setas a subir. Entraram numa de positivismo; está tudo normal neste país. Sugiro ao Director deste Semanário que na próxima edição mande incluir o Domingo na coluna SOBIDESCE com setinha para baixo, para se penitenciarem pela desinformação, com laivos de oportunismo político com que nos intoxicaram.
E, já agora, incluam também o mano “Notícias” que no suplemento “Economia e Negócios” de 10/08/07, pág. 3, diz : “Para o caso específico da província de Nampula, onde funcionam pouco mais de 20 fábricas de processamento de caju que empregam 200 mil trabalhadores … “ … pela leviandade com transforma 2 mil em 200 mil.
Será apenas mediocridade?
Florêncio
Sera leviandade mesmo? transformar 2 mil em 200 mil? Ou sera uma forma de apresentar dados estatisticos optimistas, mostrando que se criam postos de trabalho, por conseguinte diminui-se a taxa de desemprego, que o o governo nesta materia esta a trabalhar bem, os que andam sem fazer nada, diplomados ou nao, sao, apenas, ociosos?
ResponderEliminarO problema não é só a mediocridade, como mostrásteis, o problema é variado e tem muito a ver com o esvaziamento crescente da nossa capacidade (mas, tb, da nossa vontade) de ler "politicamente" as coisas. Uma análise dos discursos correntes mostra isso lapidarmente, em seus silêncios ou em seu ruído silencioso. As coisas estão bem, tudo é apresentado de forma eufórica e o único mau da fita tem a ver, claro, com a globalização, cujo rosto é, sempre, externo. Mesmo ao nível da produção bloguística insistimos muitos de nós na hermenêutica científica pura, sensata, racional. Falta ainda fazer o estudo de como produzimos os discursos (mesmo ao nível científico ou assim tido) e/ou de como somos por eles somos produzidos e reproduzidos. Há todo um mundo rizomático a investigar.
ResponderEliminarLes plus grands triomphes, en matière de propagande, ont été accomplis, non pas en faisant quelque chose, mais en s'abstenant de faire. Grande est la vérité, mais plus grand encore du point de vue pratique, est le silence au sujet de la vérité.
ResponderEliminarAldous Huxley
1894-1963
Deixe-me traduzir: "Em matéria de propaganda, os maiores triunfos foram obtios não fazendo algo, mas abstendo-se de o fazer. Grande é a verdade, mas maior é ainda do ponto de vista prático o silêncio no que concerne à verdade."
ResponderEliminarAldous Huxley
1894-1963
1
ResponderEliminarDe que serve a bondade
Se os bons são imediatamente liquidados, ou são liquidados
Aqueles para os quais eles são bons?
De que serve a liberdade
Se os livres têm que viver entre os não-livres?
De que serve a razão
Se somente a desrazão consegue o alimento de que todos necessitam?
2
Em vez de serem apenas bons, esforcem-se
Para criar um estado de coisas que torne possível a bondade
Ou melhor: que a torne supérflua!
Em vez de serem apenas livres, esforcem-se
Para criar um estado de coisas que liberte a todos
E também o amor à liberdade
Torne supérfluo!
Em vez de serem apenas razoáveis, esforcem-se
Para criar um estado de coisas que torne a desrazão de um indivíduo
Um mau negócio.
Bertolt Brecht
postado por Serra a 21/12/2006