Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
23 agosto 2007
A cultura acústica dos Moçambicanos (3) (continua)
7 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Em coeerência quem rejeita a lingua portuguesa como lingua materna ou oficial, deveria tambem rejeitar as fronteiras traçadas a régua e esquadro pelo colonialismo. Uma e outra permissa foram impostas (á força) dado que antes da chegada dos portugueses não existiam.
ResponderEliminarQuantos ás fronteiras (coloniais) estamos preparados para as defender nem que seja com sangue. A lingua (colonial) é alvo de constantes ataques e atropelos que a apenas alguns parecem incomodar.
Será que o Sr. Mabunda está preparado para ser coerente?
Esse Mabunda é um caso especial. o Guiness book, vai fazer um livro so para ele...meu Deus
ResponderEliminarOlá estava vislumbrando seu mundinho que adoro. Nossa esta cada dia mais lindo né, cheio de presentes, encantador. Quero te convidar para ir lá no Mundo Animal pois estamos cada dia mais lutando em defesa de nossos cachorrinhos.bj
ResponderEliminarwww.cuidedenossosanimais.zip.net
Pois é, cachorrinhos variados aqui também abundam. Obrigado pela adorável lembrança canina.
ResponderEliminarOlá meu anjo estava aqui delumbrando seus trabalhos e como ta lindo seu mundinho, quero que saibas que o Mundo Animal tem a honrra de ter como uma pessoa que respeita os animais.www.cuidedenossosanimais.zip.net
ResponderEliminarAs incoerências de Mabunda:
ResponderEliminar1.”quem não é portugués não fala português”. Tomar esta afirmação de um português como axioma para articular todo seu argumento sobre as linguas nacionais é,no minímo, de um reducionismo básico para não dizer um desconhecimento completo das realidades lingüísticas do nosso continente e da história em geral da evolução dos espaços lingüísticos a nível planetário. Senão,que dizer dos brasileiros¿ da diaspora portuguesa de 3º geração (em particular nos EUA e França) que não fala português mas vota. Invertendo e comparando, a Inglaterra e a França teriam que reconhecer como seus cidadãos legitimos todos os falantes “maternos” (asiáticos,africanos,caribenhos…) e estes últimos teriam que reínvindicar a sua pertença cultural àquelas nações.
2. O “erro apocaliptico” . Aquí ao menos,vejo uma consolação para o nosso ego nacional. Sou um preveligiado por conhecer práticamente toda a África,nalguns casos de conviver e partilhar com gente de todas as classes os nossos “problemas africanos”.Pois, antes de nós,práticamente todos os países subsharianos cometeram e cometem o mesmo “erro apocaliptico”. Sabe o Mabunda quais seriam e podem ser os custos politicos (paz,coesão social,formação da nação…) da eleição de uma língua nacional como língua veícular em países “fabricados e inventados” pelo colonialismo,onde cada língua pode reívindicar uma nação? É a ponderação desses custos que influciaram e continuam a influenciar as politicas lingüísticas na África subshariana. Decididamente,Não inscreveria no cativo de erros de Samora, grande vernáculo na sua língua materna e no portugués, de Lumumba, de Seku Touré e tantos outros, esse “erro apocaliptico”.
3.”São, quanto a mim, moçambicanos de nacionalidade adquirida, e não genuína.” Depreendo desta afirmação de que a nossa Constituição é outro “erro apocaliptico” por não ter estabelecido uma classificação de nacionais de 1ª e de 2 ª classe com base nesse criterio e,naturalmente com direitos e deveres diferentes. Reedição da politica de assimilação colonial¿desconhecimento da história nacional¿complexo “fanoniano” de colonizado¿ou versão de Mabunda do discurso de “pureza” nacional,racial,cultural,etc,que alimentaram e ainda alimentam tantos ódios,rancores e conflitos?NÃo sei sinceramente como avaliar! Mas essa ideia, implicita no argumento de Mabunda, de uma nação estratificada, arrepia-me pelo seu potencial de conflitualidade.
4.”Saber falar a língua local é uma das marcas de identidade de um cidadão nacional, no mínimo africanO.” E eu que falo nyhanja, sou malawiano ou moçambicano? E os que falam Shona,são zimbabweanos? Isto apenas para mostrar os limites,digo bem, limites, do criterio lingüístico para definir a identidade nacional. Oívia Massango problematizou bem esta questão.
5.O Paradoxo:Já agora, e levando “as falas sem consequências” de Mabuda a outras consequências, o jornal para quem escreve (OPAIS) e mesmo o que ele escreve (em portugués), fariam parte de um jornalismo “adquirido”,não genuinamente nacional.Pelo número de falantes de português no país,é realmente de se preguntar a quem se dirige o jornal e para quem ele escreve.
Bem, retomei hoje a tese do Sr. Lopes.
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