Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
15 agosto 2007
Comércio de ossos humanos no Niassa
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Ate morte serve para negocio.
ResponderEliminarProfessor,
ResponderEliminar Há estatísticas que colocam 10% da população mundial no estádio do "Mágico – Animismo”; onde, segundo Ken Wilber,: “O pensamento é animista; espíritos mágicos, bons e maus, abundam pela Terra, deixando bênção, maldições e feitiços que determinam os acontecimentos. Assume a forma de tribos étnicas. Os espíritos residem nos antepassados e proporcionam coesão à tribo. O parentesco e a linhagem estabelecem alianças políticas. Aparenta ser “holístico”, mas, na realidade, é atomista: “Há um nome para cada curva do rio, mas o próprio rio não tem nome”.
“Onde se encontra: crença em maldições semelhantes às do vudu, pactos de sangue, rancores antigos, amuletos da sorte, rituais familiares, crenças e superstições étnicas de cariz mágico; muito presente em regiões do terceiro mundo, gangs, equipas desportivas e “tribus” corporativas.”
O fenómeno está bastante estudado, é relativamente bem conhecido. Importa entender as razões sociais que, nos dias de hoje, levam ao RECRUDESCIMENTO de tais práticas que, com maior ou menor frequência, maior ou menor “tolerância” ou restrição da Autoridade Administrativa, sempre existiram.
Provavelmente, um progressivo laxismo da Autoridade Administrativa – ao qual, eventualmente, não é alheio o facto de uma expressiva parcela dos seus agentes partilhar deste valores –, associado à degradação das condições de vida, dificuldade de singrar num mundo cada vez mais competitivo, não vislumbrar saídas, esteja a intensificar a “necessidade” de retorno aos antepassados, ao “mágico – animismo”, como tábua de salvação.
Seguramente somos bem mais de 10% a navegar neste limbo.
Um abraço,
Florêncio.
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PS: São “DOENÇAS” do subdesenvolvimento, com receitas conhecidas.
Está na mão dos governantes aplicar os tratamentos adequados á cura, ou deixar evoluir para “doença crónica”.
Juntar cientistas sociais com agentes da associação de médicos tradicionais (curandeiros) para estudar as reais motivações DESTES fenómenos, tresanda a demagogia. Entender as causas do recrudescimento, para melhor dosear a receita, sim!