Tal como outros, o procurador-geral da República, Joaquim Madeira, entende que a acção da polícia melhorará caso seja dotada de meios. Potenciar é o verbo do dia. O crime não se combate a pé. Parece crível que o crime se combate melhor com motas e viaturas*. Todavia, continuamos - muitos de nós - a insistir na concepção de uma polícia modernizada com técnicas e com meios de transporte penumbrando uma polícia modernizada nas condições sociais em que actua e, por isso mesmo, potencialmente mais moralizada. Se as condições de vida dos polícias não forem melhoradas, dificilmente se terá nela a prontidão combativa que se deseja. Naturalmente que há outros factores a considerar. Mas creio ser sensato supor que as condições sociais são decisivas num país onde os polícias avaliam os dias o peso (e a servidão para a maior parte deles) que as diferenças sociais tem no país. É por aí - defendo - que poderá começar o real potenciamento e o real desalgemamento da nossa polícia.
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Desde que, claro, exista também a concepção de uma capacidade permanente de assistência técnica e de um parque de reposição de peças e de consumíveis. O país tem uma longa história de potenciamento técnico alheio a essa concepção.
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