Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
06 julho 2007
O conflito na produção de heróis em Moçambique (4) (continua)
9 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Professor, outra excepção, pelos mesmos motivos que José Craveirinha, é o maestro Justino Chemane, não?
ResponderEliminarFátima Ribeiro
Mas está Justino Chemane na Praça dos Heróis? Vou tentar apurar. Muito obrigado!
ResponderEliminarSegundo o "Moçambique para todos", no artigo "Dia dos heróis marcado pela polémica sobre a atribuição do título", de 04.02.2006, "Até agora, no panteão do regime apenas estão destacados dirigentes da FRELIMO, como os seus primeiros presidentes, Mondlane e Samora Machel, ou 'compagnons de route' do partido que lançou a luta anti-colonial contra Portugal, como o poeta José Craveirinha e o maestro Justino Chemane."
ResponderEliminarFátima Ribeiro
O "Moçambique para todos" refere o NOTÍCIAS LUSÓFONAS (03.02.2006) como fonte do artigo que atrás citei.
ResponderEliminarFátima Ribeiro
Confirmei e corrigi. Muito obrigado!
ResponderEliminarAcho prof. que as suas últimas reflexões colocaram alguns dos argumentos e exemplos que revelam bem a ambiguidade da “função social” do heroi . E aquí volto à relação “feito/valor” a que me referi na parte (2). Não tenho grandes dificultades de aceitar os herois da luta de libertação nacional,ainda que escolhidos en condições de conflitualidade e de autoritarismo polticico,justamente pelo “valor” fundador dos seus feitos. Pela mesma razão não me incomoda muito a que a André Matsangaíssa lhe seja reconhecida a heroicidade/feito de se inssurgir contra o regime totalitário que vigorou no nosso país de 75 a 94 - quantos de nós, que agora beneficiamos das libertades democráticas, saiu então à rua para dizer “não”? E no “nós” incluo a quase totalidade dos intelectuais,académicos, artistas,jornalistas,técnicos superiores,empresários,activistas cívicos e outros,que são hoje a “nata” do país. Craveirinha está plenamente justificado,como espero que, a seu dia,será também Malagata. Homens que sem dúvida alguna souberam cristalizar o “génio” artistico moçambicano e aí reside o “valor” dos seus feitos. Exemplos apenas para insistir que o problema não está no “quem escolhe/elege/reconhece o heroi” - porque afinal acaba sendo sempre uma autoridade reconhecida - monarca,Estado,direcção de um partido,etc – mas no “porquê e como se escolhe/elege/reconhece” um heroi. Esta última questão remete-nos aos “valores” e ao consenso indespensáveis à eleição. E é precisamente a fragilidade destes dois elementos na nossa sociedade que “stressam” o debate,politiza a escolha e acaba por ser frustrante para o nosso amor-próprio nacional. Creio que seria melhor mesmo ,insisto na ideia do tempo, que se decida,por exemplo,que só serão propostas figuras para o titulo de heroi em datas cinquentenárias (2025) e centenárias (2075) . O que não impediria que cidadãos,grupos de cidadãos,depositassem entretanto os nomes dos seus candidatos.As universidades, os serviços culturais do Estado,as associações cívicas e outros, estarão aí para contribuir para os aosconsensos. E fico por enquanto por aquí…
ResponderEliminarAguarde que eu prossiga a série...Mas é importante o que escreveu.
ResponderEliminarProfessor, 'a este assunto se extende a questao da atribuicao de ti'tulos honori'ficos. Sendo algue'm nao simpatizante ou membro da Frelimo como muitos de no's do centro e norte de Mozambique, penso que sera' com muita suspeita ou relutancia receber uma medalha EDUARDO MONDLANE do 1o Grau ou Nachingueiwa que a FRELIMO reserva apenas ao seus membros. Mas a noticia ca' fora, propalada pelos canais oficiais noticiosos como e' o Noticias e RM, soa como se fosse para no's todos. Pois nao e'! Qual e' a sua reflexao sobre o assunto? Antecipadamente agradec. Dede
ResponderEliminarOlha Sr. PROF. DR. SERRA
ResponderEliminarEsta pagina tenho visitado incontaveis vezes por simples razao , os debates sao muito interresantes , sobre a heroicidade deixo aqui um pequeno contributo: Se MATSANGAISSA , DHLAKAMA e tAntos outros PERDIGOES , entao Os NIQUINHOS , MANDONGAS tambem o sao HEROIS.
Apenas isso