Outros elos pessoais

24 maio 2007

O campeonato dos negócios (1)

De acordo com o semanário "Zambeze" de hoje, Timothey Born, chefe do Programa de Comércio e Investimento da USAID em Moçambique, o nosso país podia ter feito mais para colocar a nova Lei do Trabalho em sintonia com o mundo dos negócios. Por exemplo, a lei poderia ter reduzido os custos de contratação e de despedimento da mão-de-obra. Se isso tivesse sido feito, Moçambique poderia abandonar o incómodo 140.º lugar no ranking dos 150 países submetidos a uma avaliação do Banco Mundial no que concerne à saúde negocial. Segundo o "Zambeze", também foi esse o diapasão de Nelson Guilaze, economista da USAID, que, pelo nome, creio ser Moçambicano.

1 comentário:

  1. Até que ponto a lei poderia reduzir os tais custos? Não obstante não ter em mãos os argumentos que dão corpo a essa posicão, penso que a lei foi elaborada dentro de um contexto real e actual, dentro do contexto Moçambicano. Num país, que se diz estar posicionado em 140˚ lugar numa escala de 1 -150 países, torna-se mais do que imperioso, no meu entender, a existência de uma lei elaboral sensível aos trabalhadores. Portanto, ao sugerir-se que a actual lei deveria reduzir os custos de contrataçao e de despedimento como forma de aproximarmos o Norte, questionaria se não aconteceria o inverso. Vezes sem conta, Moçambique, dentro do contexto neo-liberal, tem adoptado recomendações vindas do Norte do tipo “top down” onde muitas delas, ao longo do tempo, fracassaram, exactamente, porque basearam-se em pressupostos incongruentes com a realidade Moçambicana.

    Moçambique deve começar a pensar por si só! As recomendações devem vir da base e discutidas no topo. Os Americanos já têm muitos assuntos que devem merecer mais empenhamento, tais como a guerra no Iraque, Afganistão, GM food, Global Warming e os famosos mísseis que pretende instalar na República Checa como forma de vigiar a Russia.

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