Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
27 abril 2007
Sobre a preguiça moçambicana
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Os preguiçosos não são preguiçosos em chamar aos outros de preguiçosos. Trata-se de uma simples fuga-em-frente. Este presidente "fala sem consequências". Onde é que está a Iniciativa Presidencial de Luta Contra o HIV e SIDA? Onde é que estam no seu discurso palavras como "auto-estima", "temos que correr", entre outras. Talvez passará da história de Moçambique como o presidente que mais boas intenções teve - mas como sabemos, de boas intenções o inferno está cheio. Todavia, não passaram de intenções. O que esse presidente conseguiu fazer foi revitalizar a Frelimo, mas o Estado continua no seu estado estacionário.
ResponderEliminarEste presidente por muito tempo escudou-se por detrás dos seus homens, ie, quando algo sai errado analistas correm a dizer que foi o ministro do sector, e não o presidente. Penso que temos que aplicar a nova estratégia da educação onde se responsabiliza o professor pelo insucesso dos seus alunos: os ministros erram e em última instância a responsabilidade recai sobre quem os nomeou. No fim do mandato, o povo não vai votar nos ministros mas no presidente.
Congratular ao Fernando Lima pelo excelente artigo que nos apresenta!
ResponderEliminarO problema da preguiça com certeza que não reside nas zonas rurais. Os nosso camponese, mesmo trabalhando com enxada, são responsáveis pela produção de cereias e feijões que abastecem o pais todo e alem fronteiras. Sao responsaveis pela producao de tabaco e algodão que o país de tanto se orgulha! Os camponeses nao merecem o que foi dito pelo presidente, é um autêntico insulto!
Os preguiços estão nos ministérios e na presidência da República! Falam e pouco fazem....Cadê os tractores para impulsionar a agricultura? O que foi feito com os 7 milhões de meticais alocado aos distritos? Alguns tractores comprados com esse fundo ficam parqueados eternamente em casa dos administradores! A preguiça está enraizada nas instituiçoes do governo do presidente Guebas, onde os funcionários, pagos pelo feijão que vem de Naúela, Lioma, Malema e Mulumbo, passam a vida a jogar cartas e bisbilhotar...
Será que o presidente perdeu o norte? Cadê o seu discurso vibrante, triufante? O problema dos camponeses não é preguiça. O problema dos camponeses é o desalento em relação a um Governo incapaz de resolver os seus problemas; O problema dos camponeses é viver na angustia e na sombra de promessas infinitas; O problema dos camponeses é ver o seu feijão a ser comprado por intervenientes que usam o dinheiro do estado para expecular e os roubar.
Os camponeses deste país devem merecer um tratamento diferente! Merecem respeito porque são os verdadeiro soldados da luta contra a fome.