Há um conto infantil alemão sobre o Barão de Münchhausen cuja utilidade epistemológica é, para mim, imensa. Por isso me tenho servido dele neste diário.
Certo dia, num dos seus passeios a cavalo, o Barão de Münchhausen caiu num pântano. Afundando-se cada vez mais e não havendo ninguém para o socorrer, teve a genial ideia de se puxar a si mesmo pelos cabelos, até conseguir sair, juntamente com o cavalo.
Tal como os positivistas pensam que podem abster-se do senso comum, do preconceito e da ilusão eriçando-se desse mundo pantanal pelos seus próprios e imaculados cabelos neutros, também os políticos podem tentar eriçar-se dos problemas correntes e da memória tenaz das épocas históricas puxando pelos seus audazes cabelos decisórios.
Tal como os positivistas pensam que podem abster-se do senso comum, do preconceito e da ilusão eriçando-se desse mundo pantanal pelos seus próprios e imaculados cabelos neutros, também os políticos podem tentar eriçar-se dos problemas correntes e da memória tenaz das épocas históricas puxando pelos seus audazes cabelos decisórios.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.