Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
12 março 2007
Essências, essencialismo
7 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Neste seu reflectir, como destigue essencialismo de preconceito e esteriotipo?
ResponderEliminarTentarei uma resposta mais logo, quando estiver em casa, está bem?
ResponderEliminarVamos lá, então, tentar uma pequena resposta. Assumo, por hipótese, que todos os processos cognitivos se destinam a reter o estável no instável, a dar-nos uma viagem o mais calma possível na estrada do conhecido face às inúmeras estradas de desconhecidos e desconhecidas. Uma viagem anti-bergsoniana.Ora, é em meio a esse fundo, a esse lastro, que, damos curso à forma distorcida de ver e de ler os outros. No fundo é o mesmo processo, quero crer, um processo mais consciente, digamos assim. Quando digo, por exemplo, que os Franceses são frios e orgulhosos, eu parto do meu (nosso) lastro "natural" de essências para, a partir de alguns fragmentos, reais ou imaginários, préfigurar um conjunto essencial com o qual me dou (nos damos) bem. Digamos, por hipótese, que o conjunto de mecanismos pelos quais transfiguramos pessoas e coisas mais não é do que uma essencialização exacerbada (a um tempo necessária e belicosa), tão mais exacerbada quanto mais intensos forem, por exemplo, a luta, o ódio, a inveja, a luta por recursos raros, o sofrimento, etc. Repare que estou a usar termos "essenciais", essencialmente "naturais". Finalmente, tenho a certeza de que o que aqui deixo é precário. E, especialmente, muito anti-sociológico.
ResponderEliminarEntendo, creio... concordo, penso... Tambem penso que no essencialismo contem-se todas as simplificacoes de descricao e percepcao... mas creio que tambem ha uma desticao entre o essencialismo cientifico e o essencialismo 'lugar-comum'... as vezes ser-se analista social nao nos livra de sermos humanos. Mantemos os nossos 'instintos' mas sofisticados e camuflados sob o manto da ciencia...
ResponderEliminarUma curta observação sobre o que escreveu, la strega: o essencialismo científico, sempre predador, mais não é do que um senso-comum mais rigoroso. E tem absolutamente razão sobre o nosso saco de instintos camuflados. Bem sabe quanto nós, os "cientistas sociais", amamos pensar à Newton no preciso momento em que somos tão seres humanos quanto as nossas cobaias. Tenho escrito bastante, como sabe, sobre os nossos pruridos, sobre a doença infantil dos aspirantes sociais newtonianos.
ResponderEliminarOs indivíduos vivem em grupo,usam estigmas para poder atingir a hegemonia na raça, cultura,em suma na vida social. É notável o etnocentrismo em todas categorias,visto que o homem é filósofo por natureza.
ResponderEliminaressencialismo se diferencia em quais pontos do construtivismo social em sí?
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