Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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28 fevereiro 2007
Florestas e madeira em Moçambique: estrangeiros, "pessoas bem posicionadas" e chefes tradicionais envolvidos na ilegalidade (afirma um relatório)
O relatório de Alan Ogle e Isilda Nhantumbo, citado na entrada anterior, para a CTA, confirma o de Catherine Mackenzie aqui:
". Estrangeiros, particularmente compradores chineses de toros, exploram fraquezas na implementação de lei local. Financiando e monopolizando o mercado de exportação de toros, eles tem manipulado vários operadores de colheita (particularmente os detentores de simples licenças anuais) de modo a operar fora da lei.
. Influência política e poder são usados para subverter a legislação. Interferência de pessoas bem posicionadas mina a aplicação da lei nas províncias.
. A não ser que a capacidade do governo melhore, os concessionários continuarão a colher em demasia as espécies valiosas o mais rápido possível para posteriormente abandonar largas áreas de floresta improdutiva." (p. 35)
E o relatório acrescenta este dado em relação aos chefes tradicionais:
". Na Zambezia, em Cabo Delgado e em Manica chefes tradicionais em algumas comunidades estão envolvidos na promoção da colheita ilegal e vendem toros a operadores seleccionados." (p. 38)
Um ponto capital no relatório é a atenção a prestar ao reflorestamento, num país onde poucos são aqueles que efectivamente estão no terreno para vigiar o que se passa (leia a p. 34).
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