Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
23 fevereiro 2007
Filipe Couto, novo reitor da UEM
Reina a estupefacção em vários círculos académicos.
9 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Eu estou frio.
ResponderEliminarPreciso de fôlego. Vou dormir para amanhã habituar-me à sua imagem.
Não disse eu, professor, que não admiraria se fosse um Antigo Combatente da Luta de Libertação de Moçambique a ser novo PATRÃO da UEM?
ResponderEliminarDepois do Padre Brazão Mazula, vem Padre Couto.
ResponderEliminarDepois de Padre Mazula na CNE veio Reverendo Jamisse Taimo e depois Reverendo Litsure.
Quem será o próximo padre/Reverendo da CNE?
E para a UP e ISRI, vai mais um Padre ou Rev.?
Chegam-me sinais de surpresa de vários académicos da UEM e de fora da UEM. Meu celular não pára de tocar.
ResponderEliminarTenhamos calma. Tenhamos calma. Talvez o HOMEM nos surpreenda, tal como fez o PR connosco.
ResponderEliminarMas eu já previa um Reitor ao estilo do PR.
acho pertinente as questoes levantadas pelo muthisse. eu acho que para um observador atento, a reforma que a uem precisa, requer uma pessoa com capital politico e cultural muito forte. Isso aqui parece que todos concordamos.eu nao estou surpreso que pe .couto tenha sido nomeado reitor. sera que os intelectuais nao estao atendo a politica que o guebuza esta tentar imprimir nas instituicoes mocambicanas? se nomeaou guilaze na TVM, nao significa que o compromisso com a UEM devia seguir o mesmo ritmo. vamos estar mais atentos, para melhor estudar os casos.
ResponderEliminaracho que os argumentos de genero do professor, foram mais objectivos, do que estarmos aqui a insinuar. agora resta-nos influenciar o processo e partilhar-mos o resultado.
Amigos e manos, farei sair hoje algumas coisas para reflexão e debate.
ResponderEliminarÓ Gabriel: dentro da UEM não havia absolutamente ninguém, ao fim de 32 anos de vida, capaz de dirigi-la?
ResponderEliminarTeriam notado que a discussão da Nomeação do Professor Doutor Pe. Filipe Couto para Reitor da UEM, só na WEB, fez que em poucos dias o seu nome se vinculasse a mais de 17000 entradas? Independentemente das opiniões expressas (contra ou a favor) confirma que o homem existe, tem fibra, e tem “força de propulsão” própria, “é vectorial”, o
ResponderEliminarque leva a que muitos não consigam encará-lo com indiferença, e que alguns o temam e talvez até odeiem! Pois muitas vezes preferimos (e queremos) os “manipuláveis”, sem ideias próprias.
Sobre o que se veicula, sobretudo contra ele. Nada haveria a dizer, se em muitos casos não se denotasse tamanha ignorância (voluntária ou involuntária) sobre o personagem. Isso é grave, sobretudo quando “intelectuais” conjecturam “apaixonadamente” em bases de informação falsas. Torna-se incrível noutros casos, que pessoas aparentemente informadas (qual Professor Gerdes), optem (aqui só pode ser voluntariamente!) por essa via, mostrando mal-intenção, de que afinal em “intelectuais” fins justificam meios, incluindo a mentira! Gerdes já foi suficientemente “desmontado”, por isso não iria agravar o que já se disse, porém começo é a ter dó do indivíduo, ... com que então queria vir determinar quem pode ou não trabalhar ou exercer um determinado cargo em Moçambique? Não acha que já é demasiado!!!!! Há outros, por exemplo tais como “Moçambicano no Coração” ou dito “Wranglers”. Sobre estes se calhar são outros Gerdes, porém prefiro pensar que são desinformados (obviamente com culpa se “intelectuais”). Olhem,
1. Filipe Couto erigiu do zero a UCM. Pegou na carta da UCM, e sem meios começou e : abriu faculdades e cursos, avançou em níveis até ao mestrado; as faculdades..., estas abriu-as na Beira, em Nampula, Pemba e até na “impensável” Cuamba! Se continuasse, certamente já estaria a implantar-se com outra novidade em algum outro lugar. O interessantíssimo nesta expansão rápida da UCM (verdadeira explosão!) foi verificar-se uma reconhecida credibilidade de como ela ocorreu, e sobretudo não baseada no “cancro” do “estou pedir”! Filipe Couto lutou para que a UCM se implantasse e crescesse, sem depender de caridade! Quiz que prevalecessem bases mais seguras, que garantissem independência da instituição, e por isso até créditos tomou (e pagou!) em bancos da praça, e convenceu-nos a muitos de nós Moçambicanos de que é muito bom esforçarmo-nos em pagar propinas para nós mesmos ou nossos familiares, (aumenta o nosso orgulho). Não andou aí a choramingar nas esquinas, com “justificações de falta de meios” para não fazer trabalho e levar avante planos inovadores. Na Católica, Filipe Couto lutou para que a Universidade/Ensino Superior “quebrasse” vínculos e esquemas conceptuais e métodos “atávicos” de inspiração de um Portugal ou de outras paragens latinas no passado. Queria uma UCM Africana e do Mundo, implantada e inserida na SADC. Naquela instituição, combateu sempre o paternalismo, não deixou de tomar medidas necessárias contra professores ou estudantes prevaricadores, preguiçosos ou “moles”, mesmo que fossem “muito religiosos”, incluindo católicos! Não havia “favores”, procurou sempre que todos sentissem dignidade real e fossem orgulhosos disso, sem paternalismos! Mais ainda, lutou, titânicamente, para que a UCM fosse de facto uma Universidade respeitada e de todos, e não uma instituição confessional, da Igreja Católica. Aquilo não é um seminário para formar religiosos! E por isso, abriu a porta a todos, tanto para o corpo docente como discente ou administrativo. Nunca fora obrigatória crença religiosa abrahâmica ou profissão de fé em alguma religião especial para estar vinculado à UCM. A honestidade, o trabalho árduo, e competência, isso sim eram permanentemente exigidos! Não acham que isso é mesmo positivo e bom? Parece haver quem provavelmente não o entendeu, os que por aí se esforçam por afirmar que Filipe Couto “estava a estragar a UCM e foi corrido”! Não creio que dentre esses estejam os Bispos de Moçambique, pois acho que tem sensatez e honestidade suficientes para reconhecerem o trabalho ímpar realizado, não obstante eventuais diferenças de concepção!
2. Há pelo menos um alguém que parece desesperado a pedir castigo de Deus (Yehova) sobre Filipe Couto. Olhe tenha cuidado, Deus é o justo! Não venha ele castigar a si mesmo por pedido infundado e desonesto! Este mesmo indivíduo alega (jocosamente) que Filipe Couto sugeria que Moçambicanos aprendessem inglês (English) no Malawi! Não confirmo que foi mesmo assim. Porém em sendo, seria um acto de grande consistência de Filipe Couto. Pois ele é de um Africanismo prático e assumido. Filipe Couto acredita (e com razão!) que entre Africanos e Negros podemos e devemos aprender uns com os outros. No caso do inglês, parece-me trivial, certamente Filipe Couto está seguro que no Malawi (e mesmo pe no Kenya e Zimbabwe) pode-se com toda a perfeição e profundidade aprender o English a todos os níveis. Notem que para F Couto, língua não é “sotaque”, (muito menos em imitação ao branco). Assim para ele, à Inglaterra/Europa/América ou outras paragens, devemos ir à busca de conhecimentos mais sofisticados, que ainda não produzimos ou não dominamos (a Escala regional e Africana). Neste assunto, quem está mal não é Filipe Couto, está mal este alguém (“Moçambicano no Coração”, de verdade mesmo?), que não tem confiança e orgulho em si e tenta menosprezar outros negros (pelo menos os do Malawi)! Sabem, a suspensão das 10ªs e 11ªs ocorreu antes de Filipe Couto regressar a Moçambique, após a independência do País, definitivamente não participou nessas decisões nem na sua gestão. Seja como for, seria bom saber como de facto e porque as coisas assim aconteceram na época. Um pormenor, é interessante constatar que há Doutores Moçambicanos de hoje que resultaram dessa interrupção dessas classes e dos processos alternativos implantados. Não vou enumerá-los, não são poucos e não escondem esse facto!
3. Por último, Filipe Couto não participou na morte/eliminação de nacionalistas. Foi sempre um nacionalista e anti-colonialista inequívoco. Porque esta falsidade tão grosseira atirada contra ele? Mas em que mesmo Filipe Couto vos incomoda, para desesperadamente se tentarem socorrer da mentira? Sobre nacionalismo/patriotismo, que mal haverá em consciencializar estudantes na Inglaterra/Europa/América/Estrangeiro de que o nosso lugar é nos nossos países, na Africa e que a eles devemos retornar? Talvez fira “aqueles nacionalismos” da “boa vida”, que fazem alguns preferir clamar por palmadinhas às costas, paternalismos, e não querer voltar e contribuir na construção daquilo que é nosso!
Discutam, mas por favor ... com verdade. Não façam argumento com acusações graves e falsas, mentindo grosseiramente e entrando em delírio/e ou histeria!