Outros elos pessoais

22 fevereiro 2007

Desespero e pedido de socorro em Chupanga neste momento!


"Vamos para 7000 [pessoas, C.S.] , ameaça chuva. Deus nos livre. Temos bichas enormes à procura de água. Crocodilo levou uma mulher."
Esta mensagem chegou-me há momentos via celular, depois de enviada de Chupanga, província de Sofala, a cerca de 70 km da vila de Marromeu e a cerca de 280 km da cidade da Beira. Efeitos das cheias e, agora, ameaça de efeitos da depressão Fábio.
Que este blogue possa ser lido por quem de direito. E seja quem for que o leia em Moçambique, que passe a mensagem a quem ache que pode socorrer.
_________________________________________
Acabei de enviar uma mensagem a um jornalista da RM na Beira.
Leia, entretanto, em língua inglesa, este despacho do dia 12.
_________________________________________
Adenda (19:58): um amigo da Beira, bem informado, acabou de me dizer o seguinte: em Chupanga havia cerca de sete mil pessoas num centro de acomodação, oriundas de sete comunidades. Cada família recebeu comida para uma semana. A água estava a ser clorada. Porém, começaram a chegar mais pessoas, de Marromeu e mesmo da Beira, que não são deslocadas das cheias e que quiseram e querem receber o que os deslocados receberam. A água começou a esgotar. Surgiram desmandos, o que levou ao reforço de segurança da área. Entretanto, cada família deixou ficar um parente nas áreas afectadas pelas cheias, para contrabalançar a acção dos ladrões.

2 comentários:

  1. Professor,
    Os avisos nesta zona sao constantes, a calma esconde o panico de cada um. Nos sentimos impotentes perante esta situacao. A cada hora uma sms nos celulares, uma chamada ou um mail com informacoes de horarios e intensidades diferentes. Que podemos nos fazer alem de esperar que a depressao passe? Acho que as autoridades estao a mexer-se...pelo menos parece.
    Bjs meus

    ResponderEliminar
  2. Obrigado, mas entretanto ja avisei um jornalista da Rm na Beira.

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.