Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
10 janeiro 2007
Homoíne nas mãos das mulheres
Em crónica de viagem a Homoíne, província de Inhambane, o jornalista José Belmiro, do "Canal de Moçambique", escreveu uma saborosa crónica, com o título em epígrafe, da qual extractámos o seguinte, especialmente interessante sobre o domínio feminino na vila (empobrecida, segundo Belmiro) de Homoíne, bem longe, ao que parece, do mundo sem glória da cozinha ilustrado pela caricatura da imagem:
"Numa visita de cortesia que fizemos em tempos a administradora do Distrito, encontramos lá um quadro pendurado na parede do seu gabinete com os seguintes dizeres “Homoíne nas mãos das mulheres”! Perguntámos o significado daquele quadro e ela sem papas na língua afirmou: “é porque a maior parte dos membros do governo distrital são do sexo feminino, e um artista em reconhecimento a este feito fez este quadro e ofereceu ao governo distrital”.
De facto, desde a administradora, as direcções de Agricultura, da Educação, da Saúde; Electricidade, Polícia, hospital, …, estas instituições são dirigidas por “camaradas do sexo feminino”.
A comandante distrital da polícia para mostrar o poder feminino sobre o masculino, decretou no dia 24 de Dezembro, um “recolher obrigatório na vila” gorando a possibilidade de diversão aos amantes da noite nas poucas discotecas e barracas, pois ela ordenou o seu encerramento a partir das 22 horas." -leia todo o relato aqui.
1 comentário:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
O jornalista é omisso sobre isso.
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