Com consequência do reajustamento estrutural imposto pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional, mais de 116.000 trabalhadores perderam os seus postos de trabalho entre 1987 e 2000. O sector do caju foi o mais prejudicado depois que o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional pressionaram para que fosse liberalizada a exportação da castanha em bruto. Como consequência, as fábricas ficaram sem matéria-prima, 15 fecharam as portas e cerca de 10.000 trabalhadores perderam os seus empregos[1].
Só entre 1993 e 1998 registaram-se 76 greves em Moçambique, envolvendo 7.020 trabalhadores[2].
__________________________________
[1] Organização dos Trabalhadores de Moçambique (Central Sindical), Situação dos trabalhadores desde 1992 a 2000. Maputo, Julho de 2001.
[2] Sindicato Nacional dos trabalhadores da Indústria e Construção Civil, Madeiras e Minas de Moçambique, Relatório das actividades realizadas durante o período de 29 de Outubro de 1993 a 26 de Novembro de 1998 pelo Secretariado Executivo Nacional. Maputo, s/d.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.