Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
09 maio 2006
Expressões e palavras encantatórias
Vou dar cinco exemplos.
O “pouco mais” entrou bem no nosso vocabulário das contas do dia-a-dia. Assim, dizemos “um pouco mais de um milhão de dólares” ou “um pouco mais de 30 milhões de dólares”. Na rádio, na Assembleia da República, na rua, essa deliciosa expressão disfarça o peso da quantia, dá-lhe um ar de coisa pouca.
A “problemática” é uma palavra que está, ela também, em todo o lado: a problemática da água, a problemática do HIV/SIDA, a problemática dos buracos nas estradas e por aí fora.
Temos, ainda, o “prontos”, de um encanto irresistível. “Prontos, foi assim!”. Por outras palavras: já concluímos antes de começar algo.
A seguir vem o “precioso líquido”. Não dizemos que a água falta, dizemos, antes, que falta o precioso líquido.
Resta-nos finalmente as campanhas de educação “cívica”, que muitos de nós, certamente porque elas são raras, sazonais e de grande pressão conjuntural especialmente na altura das eleições , transformamos, gaiatamente, nos noticiários, no lufa-lufa, em campanhas de educação “física” (sic).
N.S. Seria interessante ouvir, aqui, a opinião da Fátima Ribeiro.
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
pergunta: "Então, como vais, tudo bem?"
ResponderEliminarresposta: "Tudo!"
Moçambique é maningue nice...
Sim, é verdade. Obrigado.
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