Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
24 abril 2006
Os rurais
1 comentário:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Parece-me que actualmente, nos meios dos intelectuais e das organizaçoes de solidariedade internacional, ha uma tendencia a impor-se, o que nos chamamos de “novos dogmas” em relaçao ao papel dos camponeses ou produtores agricolas no desenvolvimento agricola em particular e no progresso economico e social de uma maneira geral. Assim, o campones é aquele impregnado de valores tradicionais e condenado irremedeavelmente à ineficacia.
ResponderEliminarEntretanto é constrangedor ver o esforço que o campones faz para tentar adaptar-se à modernizaçao da sociedade e da economia envolventes. Desta feita, deparamo-nos, por vezes, no meio rural, com camponeses dinamicos com vontade de explorar da melhor maneira suas terras, desenvolvendo estratégias peculiares.
Estratégias essas que tomam un cariz “exotico” para os observadores munidos de ferramentas étnicas, mao providencial e o olhar nublado pelo esforço feito ao tentarem orientar –se nas picadas à “descoberta” das comunidades rurais.
Ora, se se tentar compreender por um lado, as estratégias desenvolvidas por esses camponeses e por outro lado, se lhes dermos o apoio tecnico necessario (sublhinho, repeitando as estratégias e praticas locais), talvez seja esta uma estratégia de desenvolvimento mais adquada, ao invés de “munidos uma mão de pai providencial” impormo-lhes a “bem ou a mal” aquilo que entendemos por progresso.
Nao sera esta uma maneira mais simples de evitar as migraçoes rurais e o crescimento dos suburbios, com todas as consequencia que daí advêm? Nao sera, igualmente, uma manira mais coerente de contribuir para o desenvolvimento agricola em particular e do progresso economico e social de uma maneira geral?
Iolanda Aguiar