O comum de nós encara o poder político como fenómeno tão natural quanto comer ou respirar. Quanto muito pode achar que há excesso ou pequenez de poder ou inscrevê-lo nas categorias de justo e injusto, de bom e mau, mas o poder em si, o puro poder político, esse não o recusa, consente nele, aceita-o quotidianamente, é sagrado. O protesto, quando o há, passivo ou activo, inofensivo ou violento, não é contra o poder político, mas contra o tipo de gestão.
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