Entre 1950 e 1963 o psicosociólogo Stanley Milgram fez 18 experiências, laboratorialmente controladas, com o objectivo de estudar obediência e a desobediência à autoridade. O cenário foi montado na Universidade de Yale, Estados Unidos, com um falso estimulador de choques eléctricos e um painel graduado para "choques" entre 15 e 450 volts. Foram recrutados voluntários entre trabalhadores manuais, professores de liceu, vendedores, engenheiros, etc., a quem foi atribuído o papel de “professores” e a quem foi dito que se tratava de experiências puramente científicas com o objectivo de se estudar os efeitos da punição na memória e na aprendizagem. Depois, os "professores" foram convidados por um cientista a aplicar "choques eléctricos" de intensidade crescente, de acordo com a escala acima referida, a um indivíduo (amarrado a uma cadeira com eléctrodos, em sala adjacente), designado por "estudante" (um voluntário cujo papel de simulador os "professores" ignoravam), choques que deveriam ser administrados sempre que o "estudante" errava uma resposta a um questionário previamente determinado e aceite. O "estudante" exibia desconforto e dor a cada aumento da potência dos “choques eléctricos” infligidos.
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