Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
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10 agosto 2016
Análises faz-de-conta [4]
Número anterioraqui. Escrevi, já, que uma das pessoas no país que mais objecto tem sido do tipo psicologizante de análise é o Presidente da República, Eng.º Filipe Nyusi. A esperança em certos círculos de um Nyusi demiurgo revela-se em inúmeras crenças e enunciações do género "Nyusi não tem poder", "Nyusi não controla o partido", "Nyusi não foi ainda capaz de vencer a herança dos antecessores", "Nyusi não conhece o país", "Nyusi não controla o Estado", "Nyusi é um presidente faz de conta", etc. Como observei, para os referidos círculos o Presidente devia possuir a extraordinária, faraónica capacidade de mudar não importa o quê, como e quando, só por si, independente de colectivos, regras e deveres. Esse é um desejo que evacua por completo o imperativo de as instituições estatais funcionarem sem o empurrão de seres providenciais. Aliás, o Presidente tem dito com frequência que não lhe compete imiscuir-se no seu funcionamento. Mas não só. Na verdade, é admirável a capacidade de certas pessoas de avaliar outrem a partir de certos pressupostos, certos jornais, certas aparências, sem nenhum conhecimento real de quem é esse outrem e de quais são os seus círculos de história, trabalho, contacto e lazer.
Adenda às 05:51 de 11/08/2016: alguém me chamou a atenção para uma crítica do Lázaro Mabunda feita na sua página do Facebook, aqui.
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
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