Mais um Dia Internacional dos Trabalhadores, hoje. A esse propósito gostaria de dar conta de um futuro mundial sombrio, como segue.
No Hotel Fairmont de São Francisco na Califórnia, Estados Unidos, os novos senhores do mundo (para usar uma expresão do Le Monde Diplomatique) criaram dois paradigmas para o neo-liberalismo: «dois décimos» e «tittytainment». Dois décimos significa que no futuro do «turbo-capitalismo» (como se diz) está previsto que a economia mundial funcione apenas com dois décimos da população activa. Até lá, o lema é bem darwiniano: «to have lunch ou be lunch» (ter de comer ou ser devorado). Criada por Zbigniew Brzezinski, que foi conselheiro do ex-presidente Jimmy Carter para a segurança nacional americana, «tittytainment» é uma bizarra combinação de «entertainment» (entretenimento) e de «tits» ( seios) e remete para a diversão (a programar) «mamada» pelos desempregados do futuro.*
Hoje, com a nova Internacional do Capital (todo o poder aos mercados!) e o eclipse dos sindicatos, acumulam-se os frutos da chamada globalização neo-liberal: desemprego, erosão do Estado-Providência, informalização do social, criminalização plural (aí inclusa quer a dos novos predadores do mundo do Capital, quer a dos velhos Estados), integrismos e intransigências identitárias, guerras, destruição ecológica, etc.
No Hotel Fairmont de São Francisco na Califórnia, Estados Unidos, os novos senhores do mundo (para usar uma expresão do Le Monde Diplomatique) criaram dois paradigmas para o neo-liberalismo: «dois décimos» e «tittytainment». Dois décimos significa que no futuro do «turbo-capitalismo» (como se diz) está previsto que a economia mundial funcione apenas com dois décimos da população activa. Até lá, o lema é bem darwiniano: «to have lunch ou be lunch» (ter de comer ou ser devorado). Criada por Zbigniew Brzezinski, que foi conselheiro do ex-presidente Jimmy Carter para a segurança nacional americana, «tittytainment» é uma bizarra combinação de «entertainment» (entretenimento) e de «tits» ( seios) e remete para a diversão (a programar) «mamada» pelos desempregados do futuro.*
Hoje, com a nova Internacional do Capital (todo o poder aos mercados!) e o eclipse dos sindicatos, acumulam-se os frutos da chamada globalização neo-liberal: desemprego, erosão do Estado-Providência, informalização do social, criminalização plural (aí inclusa quer a dos novos predadores do mundo do Capital, quer a dos velhos Estados), integrismos e intransigências identitárias, guerras, destruição ecológica, etc.
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*Martin, Hans-Peter et Schumann Harald, Le piège de la mondialisation. Paris: SOLIN, 1997, pp. 12-13.
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