Outros elos pessoais

18 maio 2016

Jeito perverso

Acontece, muitas vezes, que quanto mais viajados e mais permeados pelo mundo e pelo bem-estar somos, mais tendência temos para defender a aldeia que já não habitamos (se é que algum dia a habitámos mesmo) e para tentar convencer os outros de que existem tradições rígidas, com fronteiras nítidas, impermeáveis às mediações. É o jeito perverso do poliglota viajado que tenta convencer os camponeses da sua aldeia natal (que já esqueceu ou que nunca habitou) de que não devem desaprender a língua local e que devem manter uma postura campesina íntegra e imaculada.

2 comentários:

  1. "É o jeito perverso do poliglota viajado que tenta convencer os camponeses da sua aldeia natal (que já esqueceu ou que nunca habitou) de que não devem desaprender a língua local e que devem manter uma postura campesina íntegra e imaculada."

    Custa acreditar que ainda haja desses poliglotas viajados em MOZ.

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  2. Aldeias que muitas vezes chamamos matas...como se não fosse de lá que viemos, como se não fosse de lá que vem Maputo e outras cidades de Moçambique essencialmente pelo gênio Português. Sendo a única tentativa indígena de fazer cidade a iniciativa de Samora com Unango!

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